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Introdução

A qualidade de vida relacionada à saúde oral e as repercussões que as doenças orais podem ter no desenvolvimento da criança são demasiado importantes para negligenciar numa perpspectiva de saúde pública oral.

Objetivo

Foi realizado um estudo transversal com o objectivo de determinar a prevalência da doença cárie em crianças dos Jardins-de-Infância e 1º ano de escolaridade do Concelho de Vagos.

Materiais e métodos

A metodologia adoptada obedeceu aos critérios estipulados pela O.M.S. para a realização de estudos epidemiológicos em saúde oral. Foram determinados índices de cárie (cpod e CPOd), ocorrência de traumatismos e frequência de hábitos de higiene oral (HO). Assim, foram observadas 622 crianças com idade dos 3 aos 6 anos inscritas nos jardins-de-infância e escolas do Concelho de Vagos (Aveiro).

A análise estatística dos dados recolhidos foi realizada com auxílio do programa SPSS 21.0®, admitindo-se um nível de significância de 95%.

Resultados

Os resultados indicam uma prevalência de cárie de 47,7% para dentição decídua e de 2,9% para a dentição permanente, os valores médios±(dp) do indices cpod e CPOd determinados, foram de 1,72±2,67 e de 0,04±025, respectivamente.

Estariam livres de cáries 52,3% das crianças observadas. Foram reportados 108 dentes com história de traumatismo que afectavam 13,5% das crianças, em 76,2% das crianças a HO é diária sendo que 74,1% o realizava antes de deitar.

Verifica-se que esta população apresenta um importante risco de complicações associadas ao estado de saúde oral, nomeadamente pela existência de lesões de cárie associadas a deficientes hábitos de higiene oral e com uma necessidade de implementação de acesso a tratamentos dentários com a perspectiva de controlar as doenças orais e respectivas sequelas.