Excisão de fibromas – técnica convencional e laser de diodo

Comunicação oral > Casos clínicos > Cirurgia oral

Auditório VIII – 21 novembro 2013, 12h30 – Ordem nº

Descrição dos casos clínicos

Foram seleccionados dois pacientes da Clínica da FMDUP com diagnóstico clínico de fibroma. As lesões eram semelhantes: localizavam-se na mucosa jugal na linha de oclusão e apresentavam-se como um nódulo de superfície lisa e esbranquiçada, resultado de provável hiperqueratose por trauma contínuo. Etiologia: cúspide médio-vestibular do 16 muito aguda e vestibularizada (1º caso) e prótese parcial removível desadaptada na região posterior (2º caso).

Extensão das lesões: 0,3×0,3×0,2cm e 1,0×0,9×0,4cm respectivamente. A antisépsia do campo operatório foi realizada com clorohexidina e, de seguida, realizou-se anestesia infiltrativa (lidocaína 2%) ao redor das lesões. Tratamento laser: fibra 400µm em contato, 3,2W, 8J, 30s, pulsado. Precauções de segurança: uso de aspirador, espátula de madeira e óculos de proteção.

A lesão foi contornada na sua base com a fibra a 45˚ em relação ao tecido, com passagens contínuas no mesmo sentido. Não foi suturada. Técnica convencional: bisturi, pinça Allis, porta-agulhas, tesoura, pinça, fio, aspirador, afastador e compressas.

Realizou-se uma incisão elíptica e sutura simples. Os fragmentos foram enviadas para análise histológica. Cuidados pós-operatórios: aplicação de gel de clorhexidina e prescrição de Paracetamol em caso de dor. Bom prognóstico após remoção do fator etiológico em ambos os casos.

Discussão

A cirúrgia laser difere da convencional devido à diminuição da contaminação, hemeostasia, redução do tempo cirúrgico e manobras necessárias, ausência de suturas e pós- operatório mais confortável. Observou-se a diminuição do instrumental utilizado em relação à cirúrgia convencional. Ambas as feridas estavam re-epitelizadas aos 21 dias. Não houve sintomatologia dolorosa.

Conclusões

Ambas as técnicas são eficientes para a exérese de tecidos moles. O laser mostra vantagens em comparação com a técnica convencional. É absolutamente necessário que o profissional entenda as características físicas do laser e a sua interacção com os tecidos biológicos para usá-lo de forma segura.