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Introdução
Há uma especificidade do padrão neuromuscular associado ao complexo crânio-cérvico-mandibular do trombonista durante a sua performance musical com a realização de movimentos de protrusão e retrusão mandibular.
Objectivos
Avaliar as forças exercidas pelo instrumentista de sopro durante a performance musical a nível dos dentes anteriores.
Materiais e métodos
Foi efectuado um registo das pressões com 2 Sensores de força piezo resistivos de uma lb/sqi do tipo Flexiforce Tekscan, que foram colados ao bucal, na zona correspondente aos incisivos centrais.
O músico realizou registos graves e agudos, que foram captados por um amplificador de sinal da ST Microelectronics e um módulo de aquisição de dados NI USB 6008.
Realizou-se ainda a captação de imagens termográficas da região peri-oral com uma câmara termográfica Flir® A325.
Resultados
Valor de força máxima aplicada num dos sensores durante um registo agudo foi de 382g. Há diferenças a nível dos registos graves e agudos, sendo registado um valor médio de 81gr num dos registos graves e um valor médio de 190g noutro registo agudo. As forças aplicadas a nível do incisivos centrais não são simétricas, em 61,1%, de tempo do ensaio, a diferença é maior que 30g num registo agudo.
Quanto a termografia verificou-se um aumento da temperatura de 2Cº, desde do momento inicial de repouso até ao fim dos ensaios, correspondente as áreas de pressão.
Conclusões
Os músicos estão sujeitos a actividades parafuncionais, com movimentos repetitivos, que exercem cargas em posições que podem ser nocivas, durante a actividade musical que por vezes chegam a mais de três horas de estudo diárias.
Implicações clínicas
É importante realizar um diagnóstico diferencial para perceber a causa da rotação dentária que o trombonista apresenta a nível do dente 1.1, para que seja realizado o tratamento adequado.