Fístula cutânea de origem odontogénica: caso clínico

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 09h00-10h30 – Ordem nº

Descrição do caso

Paciente do sexo masculino, com quinze anos de idade apresenta-se no consultório para uma consulta de rotina, sem antecedentes médicos/dentários relevantes.

O exame clínico intra-oral revelou algumas restaurações a amálgama bastante extensas, e palpação/percussão positivas na região postero-superior direita, sobretudo do dente 15, contrariamente às provas de vitalidade que se manifestaram negativas nos dentes 15 e 16.

A ortopantomografia do paciente demonstrou a presença de um tratamento endodôntico no dente 16. O exame clínico extra-oral evidenciou a presença de um ponto de supuração no lado direito da face, tendo sido diagnosticado uma fístula odontogénica secundária a uma periodontite apical assintomática do dente 15.

Identificada a etiologia do problema, realizou-se o tratamento endodôntico do dente 15, considerando-se que este caso apresentava um bom prognóstico.

Discussão

A presença de fístulas extra-orais pode levar a erros de diagnóstico sendo frequentemente confundidas com lesões dermatológicas. Apesar de se encontrarem à superfície da face, as fístulas cutâneas de origem odontogénica têm a mesma significância das fístulas mucosas e requerem igualmente a realização do Tratamento Endodôntico.

Conclusão

A avaliação radiográfica, a realização de provas de vitalidade em dentes suspeitos bem como o rastreamento de fístulas cutâneas confirma a origem dentária deste tipo de lesões de pele.

Quando a cicatrização de uma fístula ocorre entre 5-14 dias após o início do tratamento endodôntico e sem a administração de medicação sistémica, confirma-se o diagnóstico inicial, a eficácia do tratamento e o seu bom prognóstico.