O que está por trás de um fenótipo de amelogenesis imperfecta

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 09h00-10h30 – Ordem nº

Descrição do caso clínico

O paciente ASCT, de etnia caucasiana, com 12 anos de idade, recorreu à consulta de genética orofacial da FMDUP motivado por uma coloração dentária amarelada e pela presença de sensibilidade dentária.

Na história clínica geral do paciente eram relevantes alterações ecográficas renais (septação do seio do rim esquerdo), alterações auditivas (hipoacúsia neurossensorial moderada bilateral) actualmente corrigidas proteticamente e uma ligeira redução da acuidade visual direita.

No exame clínico intra-oral era detectável a afectação de ambas as dentições por alterações dentárias de estrutura compatíveis com Amelogenesis Imperfecta do tipo Hipomaturado (Akin et al., 2007; Nilgun et al., 2004), confirmado radiograficamente, e a nível oclusal uma mordida profunda, também descrita em outros casos (Davlic et al., 2010).

As peculiaridades deste paciente associavam-se à presença simultânea de alterações sistémicas, detectadas pela equipe médica-dentária.

O plano de tratamento instituído incluiu a reabilitação estética dos dentes antero-superiores com resinas compostas, a aplicação de selantes de fissuras e de flúor tópico, controlo da erupção e tratamento ortodôntico.

O objectivo deste trabalho é descrever o caso clínico de um paciente jovem portador de Amelogenesis Imperfecta elucidando sobre o fenótipo oral e as demais alterações sistémicas que podem estar associadas.

Discussão

O plano de tratamento instituído teve como principal objectivo diminuir a hipersensibilidade dentária e melhorar a estética e função, promovendo uma maior auto-estima do paciente (Akin et al., 2007). Neste caso a reabilitação protética fixa não foi considerada por se tratar de um paciente em fase de crescimento, tal como, a opção de reabilitação dos dentes posteriores com coroas de aço (Akin et al., 2007; Crawford et al., 2007) devido à inexistência de uma extensa destruição coronária.

Conclusões

No tratamento médico-dentário de pacientes com amelogenesis imperfecta deve-se ter especial atenção à possível associação com diferentes alterações sistémicas permitindo uma abordagem multidisciplinar.