Matrizes oclusais: a propósito de um caso clínico

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 09h00-10h30 – Ordem nº

Descrição

Um paciente do sexo feminino com 21 anos apresentou-se na consulta com o objectivo de tratar as cáries existentes.Não apresentava nenhuma patologia sistémica.Diagnostificou-se a presença de lesão de cárie de média extensão-alteração de sombra de dentina (código 4 do ICDAS)no dente 1.6, recorrendo ao exame clínico e rx interproximal.

Optou-se por uma restauração a compósito com recurso a matriz oclusal. Iniciou-se o tratamento com anestesia infiltrativa, análise oclusal, isolamento relativo e profilaxia.Aplicou-se uma camada de glicerina hidrossolúvel e confeccionou-se, posteriormente, a matriz oclusal. Para tal, utilizou-se um material restaurador temporário fotopolimerizável-Fermit N (Ivoclar Vivadent).

Efectuou-se o preparo cavitário.Após remoção da cárie, desinfectou-se a cavidade com clorohexidina 2%. Colocou-se uma base de IV. Utilizou-se um adesivo self-etching. A cavidade foi restaurada através da técnica incremental estratificada.

Aplicou-se um gel de glicerina na porção interna da matriz e pressionou-se contra a última camada do compósito. Fotopolimerizou-se sobre a matriz durante 5 segundos.Removeu-se a matriz e complementou-se a fotopolimerização. Os excessos foram removidos com brocas de polimento.Após realização do polimento e acabamento avaliou-se o ajuste oclusal.

Discussão

Como aspectos positivos, esta técnica permite a reprodução de detalhes anatómicos oclusais,racionalização do tempo operatório, diminuição do “stress” do acabamento, menor risco de contactos prematuros, preservação das estruturas dentárias adjacentes à cavidade, permite a passagem de luz e polimerização subjacente através da transparência do material restaurador temporário,redução da necessidade de acabamento final das restaurações, sendo uma técnica ao alcance do Médico Dentista.

A necessidade de existir uma superfície oclusal relativamente intacta e o tempo necessário para a confecção da matriz oclusal,constituem os aspectos negativos desta técnica.

Conclusão

A restauração de dentes posteriores a compósito com o recuso a uma matriz oclusal permitiu reconstruir a anatomia oclusal original do dente 1.6, bem como minimizar os desgastes dentários das estruturas circundantes à restauração na fase de acabamento e polimento,contribuindo para a diminuição do tempo de consulta. Trata-se assim de uma técnica confiável e previsível.