Póster > Revisão > Periodontologia
Universidade Católica Portuguesa
Introdução
Os conceitos etiopatogénicos da doença periodontal estão em constante evolução, sendo consensual o carácter multifactorial desta afecção. O aporte que as modernas inovações biomédicas e tecnológicas tem trazido questiona a legitimidade científica em que tem assentado o diagnóstico periodontal.
O estado da arte leva a reexaminar quais os parâmetros em que deve formular-se o diagnóstico, bem como o valor e as limitações de cada um dos parâmetros.
Objectivos
Revisão crítica dos parâmetros clássicos e de outros mais modernamente citados no diagnóstico periodontal. As potencialidades decorrentes da genómica e proteómica constituem igualmente um objectivo major.
Métodos
Revisão bibliográfica na “Medline” e artigos de revisão de 1996-2011. Palavras chave: “periodontal disease+diagnosis”.
Resultados
O diagnóstico clínico periodontal apresenta ainda algumas limitações. É sensível a erros de aferição dependentes da especialização do operador. Nenhum parâmetro clínico isolado pode garantir o diagnóstico e prognóstico. A sondagem periodontal traduz a perda de suporte verificável em momentos isolados, não explicitando a dinâmica do processo.
Têm sido desenvolvidas novas abordagens, tais como: i) identificação de substâncias associadas aos microorganismos periopatogénicos, ii) enzimas derivadas do hospedeiro, iii) produtos da destruição tecidular, iv) mediadores inflamatórios. Estes métodos de utilização, ainda restritos na clínica, poderão vir a estabelecer sinergias com os parâmetros clínicos clássicos.
Conclusões
Os testes de diagnóstico microbiológicos ou bioquímicos têm sido ainda pouco implementados, baseando-se os profissionais na avaliação tradicional clínica.
A natureza multifactorial das patologias periodontais implica que novas ferramentas tecnológicas passem a integrar e a suportar o clássico diagnóstico periodontal.
Implicações clínicas
A análise exaustiva das potencialidades que as referidas ferramentas tecnológicas poderão trazer, se devidamente integradas com os parâmetros clínicos clássicos, poderá vir a redefinir o “gold standard” do diagnóstico periodontal.