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Introdução

As fendas oro-faciais surgem durante o quarto estágio de desenvolvimento embrionário craniofacial. Não têm qualquer tipo de tratamento preventivo, uma vez que resultam de vários factores, no entanto o comportamento da mãe durante o primeiro trimestre de gestação tem mostrado ser de alguma importância no desenvolvimento craniofacial da criança.

Objectivos

Verificar quais os factores de risco modificáveis nos hábitos maternais, que podem contribuir para uma menor ocorrência de fendas oro-faciais no futuro.

Material e métodos

Foi realizada uma pesquisa através da base de dados Pub-Med com o emprego das palavras-chave:”orofacial clefts”,”cleft lip”, “cleft palate”, “ development of orofacial clefts”.

Como critérios de inclusão foram aceites meta-análises, ensaios clínicos randomizados e ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos em português, inglês e em espanhol nos quais se verificou a associação entre comportamento maternal e a ocorrência de fendas oro-faciais.

Resultados

Dos 287 artigos publicados foram seleccionados 25 artigos por cumpriram com os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Destes, 21 são meta-análises, 1 ensaio clínico randomizado e 3 ensaios clínicos.

Conclusões

Da revisão da literatura podemos concluir que existe uma forte associação entre quantidades significativas de exposição ao fumo e radiação, ingestão de álcool e a toma de alguns medicamentos, com o desenvolvimento de fissuras faciais.

Implicações clínicas

Alertar os Médicos Dentistas, bem como os futuros pais para uma conduta mais correcta, evitando a exposição aos referidos factores potencialmente de risco, principalmente no primeiro trimestre da gravidez podemos estar a prevenir um deficiente desenvolvimento craniofacial e consequentemente a melhor a qualidade de vida destas crianças.