Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva

Universidade Fernando Pessoa

Admite-se por determinantes sociais de saúde factores que quando combinados representam as causas que podem modelar determinado fenómeno.

No âmbito da saúde oral várias são as causas com diferentes, mas porventura significativos impactos no estado de saúde dos indivíduos ou comunidades, podendo ser agregados segundo o modelo de O’Neil em conhecimentos, atitudes e comportamentos.

O objectivo deste estudo é apresentar a evolução nas tendências experimentadas por crianças frequentadoras de jardins-de-infância em Castelo de Paiva entre 2001 e 2011, de acordo com vários momentos de monitorização do fenómeno.

Entre 2001 e 2011 foram observadas em cada biénio um conjunto de crianças que frequentava jardins-de-infância no conselho de Castelo de Paiva, num total de 847 crianças pertencentes no momento de observação a coortes de nascimento com 5 anos de idade 63,2% do sexo feminino.

Foram determinados os valores de cod, gengivite, presença de placa bacteriana, bem como os hábitos de higiene oral, caracterização dos lanches escolares e frequência de consulta dentária. Foram admitidos os critérios indicados pela OMS para este tipo de estudos epidemiológicos.

Os resultados indicaram uma diminuição de cod de 2,2 ± 0,6 em 2001, para um valor de cod de 0,88 ± 0,5 em 2011, representando uma diminuição de 2,5 vezes, ou seja uma redução em 40% da prevalência da experiência de doença cárie. De modo semelhante a prevalência de indivíduos livres de cárie subiu de 26,8% em 2001, para 63,3% em 2011.

Igualmente os hábitos de higiene dentária diária auto-reportados subiram de 92,6% para 98,4%. A aposta em estratégias concertadas de educação para saúde, com abordagem na consulta materno-infântil e no meio escolar, associada a uma monitorização de elevada frequência e com sinalização de casos, poderá conduzir à melhoria efectiva do estado de saúde oral infantil.