Cultura de células de medula óssea humana na superfície de implantes para a avaliação da citocompatibilidade

Póster > Investigação > Implantologia

Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 11 Novembro , 9h00-10h30 – Ordem nº

Universidade do Porto

Introdução

A investigação actual em Implantologia tem como objectivo o desenvolvimento de estruturas que acelerem o processo de cicatrização óssea. Assim, a colocação de implantes visa a formação de uma interface específica com os tecidos biológicos, bem como a deposição de uma matriz mineral com propriedades biomecânicas adequadas. Para que estes objectivos sejam atingidos no âmbito da utilização clínica, é necessário aprofundar o conhecimento referente aos eventos biológicos que se estabelecem na interface osso-implante, e relativamente ao efeito que os implantes têm sobre o tecido ósseo e as células ósseas.

Objectivos

Este trabalho visa descrever o estabelecimento e a caracterização de culturas osteoblásticas humanas, derivadas de medula óssea, por forma a caracterizar a resposta biológica aos implantes.

Materiais e métodos

As culturas de medula óssea humana foram estabelecidas na superfície dos implantes, em condições experimentais adequadas. Os implantes colonizados foram caracterizados relativamente à adesão, proliferação e diferenciação celulares.

Resultados

A caracterização das culturas relativamente aos parâmetros de adesão, proliferação e diferenciação celulares demonstraram um comportamento biológico idêntico ao controlo – culturas estabelecidas na superfície de placas de cultura. As células aderiram adequadamente ao substrato e proliferaram activamente durante o tempo de cultura. Adicionalmente verificou-se a expressão de níveis elevados de fosfatase alcalina e a deposição de uma matriz extracelular mineralizada, de forma idêntica à verificada no controlo.

Conclusões

O comportamento das culturas estabelecidas na superfície dos implantes está de acordo com o descrito para a diferenciação in vitro das células osteoblásticas.

Implicações clínicas

Os estudos que envolvem a utilização de modelos in vitro de populações osteoblásticas humanas podem contribuir para complementar e aprofundar o conhecimento relativo à resposta biológica aos implantes, contribuindo para a optimização das suas características de superfície.