Técnicas incrementais em restaurações posteriores com compósitos: Relatório clínico aos 2 anos

Póster > Investigação > Dentisteria Operatória

Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 11 Novembro , 9h00-10h30 – Ordem nº

Universidade Fernando Pessoa

Introdução e objectivos

O desempenho de uma restauração é medido pelo sucesso clínico e pode variar ao longo do tempo conforme a técnica restauradora. Este ensaio clínico avaliou e comparou os efeitos das técnicas incrementais, obliqua e modificada, no desempenho clínico de restaurações classe II com compósitos, durante 2 anos.

Materiais e métodos

Realizou-se 105 restaurações em pré-molares de 26 adultos. Formaram-se, por alocação randomizada, três grupos (técnicas/ consistência clínica compósito) com 35 restaurações: Dois dos grupos (Nano-estruturado, consistência média, Ceram-XTMmono; Compactável, consistência alta, SureFilTM; Dentsply) pela técnica de incremental oblíqua (TIO), e um grupo (consistências média e alta; CXm com SU) pela técnica incremental modificada (TIM).

As restaurações foram avaliadas segundo os critérios do United States Public Health Services. A eficácia (percentagem de sucesso) estética, funcional e biológica das restaurações por técnica (TIO/TIM) foi avaliada durante 2 anos; A análise estatística baseou-se em testes não paramétricos (α=0,05).

Resultados

Aos 2 anos, as restaurações com TIO (n=61;12,9%dropout) e com TIM (n=31;11,5%dropouts) mostraram taxas de sucesso de 98,3% e 96,8%, respectivamente; Face ao início, as restaurações com TIO mostraram alterações estéticas e funcionais significativas (Teste de McNemar, p 0,05); Aquelas com TIM revelaram alterações estéticas e funcionais significativas (T.McNemar, p=0,031) e 3,2% mostraram insucesso biológico (T.McNemar, p>0,05). Aos 2 anos, a comparação entre técnicas revelou melhor desempenho estético das restaurações com TIO (T.Fisher, p=0,016) não havendo diferenças funcionais e biológicas (p>0,05) entre TIO/TIM.

Conclusões

Aos 2 anos, há diferenças no desempenho clínico das restaurações por técnica restauradora relativamente a um parâmetro estético. A eficácia é maior nas restaurações com TIO que com TIM. Contudo, é fundamental avaliar o efeito a mais longo prazo.

Implicações clínicas

Estas técnicas incrementais podem ser usadas com sucesso clínico na restauração de dentes posteriores com compósitos.