Alteração das classes de Kennedy recorrendo a implantes – resposta para uma MDBE

Comunicação oral > Revisão > Prótese Removível

Auditório III – 10 Novembro , 17h50 – Ordem nº

Universidade de Coimbra

Introdução

A reabilitação de desdentados parciais de forma estável e previsível a longo-prazo é um desafio difícil de atingir. A lesão ou perda de peças dentárias, reabsorção dos tecidos remanescentes, falta de estabilidade e retenção, estética desagradável, desconforto, são algumas das sequelas normalmente referidas pelos pacientes portadores de próteses parciais removíveis convencionais (PPRC).

Estas queixas são tanto maiores quanto maior é estensão da desdentação posterior em classes I ou II de Kennedy. O recurso de implantes permite modificar uma Classe I/II, numa mais favorável, classe III, com melhores prognósticos a longo prazo.

O suporte distal das bases das próteses, com ou sem elementos de retenção nos pilares próteticos, tem como vantagens a melhoria da estabilidade/retenção, ajudando na preservação dos tecidos de suporte, mantém a D.V.O., diminuí o risco de ocorrência de Síndrome de combinação de Kelly e reposiciona o centro da mastigação para distal, prevenindo, assim, o aparecimento de DTM.

Objectivos

Esta revisão bibliográfica visa encontrar na literatura evidências cientificas para o uso de implantes em combinação com próteses parciais removíveis (PPR).

Métodos

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos escritos em inglês, entre os anos 1960 a 2011, nas bases de dados primárias e secundárias, utilizando combinações das palavras chave e conectores boleanos: “distal implant”, “Kennedy Class I and II”, “Implant supported removible prosthesis” e uma pesquisa manual na biblioteca da FMUC.

Resultados e conclusões

Como conclusão observa-se que o uso de implantes nas selas distais livres mostrou melhorar a estabilidade, retenção e estética das PPR sendo uma alternativa viável quando não é possível uma reabilitação fixa implanto-suportada. Contudo são necessários mais estudos controlados e randomizados de modo a obter uma maior evidência cientifica da viabilidade destas reabilitações.