Filippo Graziani

Periodontite e diabetes. Implicações preventivas e terapêuticas de uma associação bem estudada

  • Professor titular de periodontologia da Universidade de Pisa (Itália)
  • Responsável pela Unidade de Periodontologia, Halitose e Medicina Periodontal, do Hospital Universitário de Pisa
  • Professor visitante em periodontologia na UCL em Londres (Eastman Institute) e professor honorário da Faculdade de Odontologia de Hong Kong
  • Prática privada limitada à periodontologia
  • DDS e doutoramento em cirurgia oral e maxilo-facial em Pisa
  • Mestrado em Periodontologia no Eastman Dental Institute of London
  • Mestrado em Pesquisa Clínica e especialidade de Cirurgia Oral
  • Presidente da Federação Europeia de Periodontologia, em 2019
  • Coordenador do Dia Europeu da Periodontologia, em 2017
  • Presidente do Comité Europeu do Projeto da Federação Europeia de Periodontologia
  • Investigador sobre tratamento cirúrgico periodontal e medicina periodontal
  • Autor de mais de 70 artigos científicos em revistas com fator de impacto
  • Revisor de inúmeras revistas científicas, editor associado da Minerva Stomatologica e membro do Conselho Editorial do Journal of Clinical Periodontology
  • Premiado em 2013 com o Prémio Earl Robinson de regeneração periodontal da Academia Americana de Periodontologia, e em 2015, com pesquisa clínica – Prémio Jaccard da Federação Europeia de Periodontologia e, em 2017, o prémio Goldman da Sociedade Italiana de Periodontologia e Implantologia

Nacionalidade: Itália

Áreas científicas: Periodontologia

14 de novembro, de 14h30 às 15h15

Auditório B

Resumo da conferência

Nas duas últimas décadas, houve uma explosão real na investigação de possíveis associações entre periodontite e condições sistémicas. A melhor evidência científica atual sugere que a periodontite é caracterizada tanto por infeção, como por eventos pró-inflamatórios, que se manifestam de forma variada para determinadas alterações sistémicas. Dois mecanismos têm sido indicados como tendo um papel importante nas manifestações não orais das doenças orais: disseminação de bactérias ou das suas toxinas e produção de mediadores inflamatórios com impacto na inflamação sistémica mediada por células e mediadores imunológicos inatos. Esta relação entre periodontite e saúde sistémica não é linear, mas sim bastante complexa.

Atualmente, existe evidência epidemiológica consistente e forte de que a periodontite aumenta o risco de futuras doenças cardiovasculares. Evidência robusta tem surgido, também, de que a periodontite severa afeta negativamente o controle glicémico na diabetes e a glicemia em indivíduos não diabéticos. Além disso, em pacientes com diabetes existe uma relação direta e dose-dependente entre a gravidade da periodontite e as complicações da diabetes.

É então de suma importância conhecer os possíveis efeitos do tratamento periodontal sobre o estado glicémico. De facto, o tratamento da periodontite em indivíduos afetados pela diabetes está associado com uma melhoria do nível de hemoglobina glicosilada e do nível de glicose no sangue livre. É, portanto, crucial que médicos dentistas e médicos de clínica geral reconheçam o papel crítico do tratamento periodontal no tratamento global de pacientes com diabetes.

 

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