Maria João Rodrigues

Bruxismo do sono no âmbito das disfunções temporomandibulares

  • Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com regência das u.c. de Fisiologia do Sistema Estomatognático e Reabilitação Oclusal, leccionando ainda sobre dor orofacial e DTM, em várias disciplinas de cursos de pós-graduação, nomeadamente p.g. de Reabilitação Oral Protética (várias regências); pg de Ortodoncia (medicina dentária); pg de Acupunctura (medicina dentária); pg de Patologia Experimental (medicina); pg de Dor (medicina).
  • Colabora como rev. nas revistas: Journal of Oral Rehabilitation; European Journal Of Oral Sciences; Med Oral Patol Oral Cir Bucal; RBMJ Case Reports; Revista Portuguesa de Estomatologia e Cirurgia maxilo-facial.
  • Foi membro da Comissão científica da OMD de 1999 a 2009. Foi membro fundador da secção de Prostodontia e Oclusão da SPEMD.
  • É membro das secções de Periodontologia e implantologia; de Biomateriais e Novas Tecnologias, da SPEMD.
  • É membro eleito da Sociedade Científica da Universidade Católica.
  • É membro eleito do Internacional College of Dentists desde 2002.
  • É membro eleito e regente para Portugal, da Pierre Fouchard Academy.
  • É Presidente eleito da European Academy of Craniomandibular Disorders, para 2017/2018.

Nacionalidade: Portugal

Áreas científicas: Oclusão

8 de novembro, de 10h00 às 10h30

Auditório D

Resumo da conferência

O conceito de bruxismo e da sua patofisiologia tem sido objeto de atualizações sucessivas, a última das quais durante a reunião de 2017, da International Network for Orofacial Pain and Related Disorders Methodology ( INfOR- IADR). Um dos resultados consensuais foi a elaboração de definições distintas para bruxismo do sono e da vigília.

Atualmente o bruxismo do sono é definido como uma atividade muscular que ocorre durante o sono, caracterizada como rítmica (fásica) ou não rítmica (tónica). Em indivíduos saudáveis, não se considera que seja uma disfunção motora nem uma patologia do sono.

Consiste, no entanto, num fator de risco para as disfunções temporomandibulares, pois que níveis elevados de atividade dos músculos da mastigação aumentam a probabilidade de consequências negativas para a saúde oral, entre as quais a dor muscular e /ou articular Os conhecimentos recentes sobre o bruxismo do sono permitem a atual discussão e classificação, conforme os casos, das diferentes consequências clínicas, que poderiam ser, desde ser um hábito inóquo; noutros casos, poderia um fator de risco, nomeadamente para as disfunções temporo-mandibulares; ou, finalmente, alguns casos em que poderia atuar como fator de proteção em relação a outras patologias.
Será ainda abordada a avaliação do bruxismo do sono e o tratamento das eventuais consequências para o doente com disfunção temporo-mandibular.