Análise das vias aéreas superiores em pacientes Classe II após avanço mandibular
Póster de investigação em ortodontia, por Mariana L. Rodrigues, Ana Roseiro, Inês Francisco, Adriana Guimarães e Francisco Fernandes do Vale
Introdução: O efeito da obstrução das vias aéreas superiores (VAS) tem suscitado interesse em várias áreas da medicina e medicina dentária. A relação entre as estruturas faríngeas, dento-faciais e craniofaciais continua a ser debatida e a justificar o interesse ortodôntico nesta área
Objetivo: Avaliar as alterações das VAS em pacientes Classe II, após cirurgia de avanço mandibular
Materiais e métodos: Foram analisadas telerradiografias de perfil de 27 pacientes com diagnóstico de Classe II esquelética, obtidas até 1 semana antes (T0) e após (T1) a cirurgia. As VAS foram analisadas no software Dolphin Image & Management Solutions, versão 11.9, de acordo com o método de Arnett / Gunson FAB Surgery. A análise estatística obteve-se pelo teste de Shapiro-Wilk e t-Student, com um nível de significância de 5% e a validação intra-observador, pelo teste de Iota
Resultados: Observou-se um aumento estatisticamente significativo das VAS, entre T0 e T1 (p<0.001), como efeito do avanço mandibular em todos os pontos medidos
Discussão: O avanço mandibular nos pacientes com hipoplasia mandibular mostrou estar relacionado com o aumento das dimensões das VAS e melhoria dos parâmetros clínicos e estéticos
Conclusões: A cirurgia de avanço mandibular é uma opção viável para alcançar o aumento dimensional das VAS em pacientes Classe II, no período pós-cirúrgico imediato
Relevância clínica: Estes resultados têm um impacto significativo no diagnóstico e tratamento dos pacientes com diminuição das VAS e sugerem uma eventual relação entre a morfologia craniofacial e a função naso-respiratória
Palavras-Chave: Vias aéreas superiores; Avanço mandibular; Classe II; Cefalometria