Regeneração tecidular com membranas de L-PRF em defeito ósseo maxilar - caso clínico

Comunicação de casos clínicos em implantologia, por Eugenio Miguel Pereira, Sérgio Matos, Fernando Judas, Alexander Salvoni e Fernando Guerra

Autores
Eugénio Miguel Pereira Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Sérgio Matos Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Fernando Judas Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Alexander Salvoni Universidade de São Paulo
Fernando Guerra Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Sala 1, 08/11/2018 (15h10), comunicação nº11 Candidato a prémio

OBJETIVOS DO PROCEDIMENTO: Avaliámos a cicatrização tecidular e reabsorção óssea horizontal aos 5 meses, através da aplicação de membranas de L-PRF numa reconstrução óssea com blocos ósseos alógenos. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO: Paciente 54 anos, ASA I, da consulta externa dos CHUC, portadora de dentadura, com queixas estéticas e funcionais. Após avaliação e confirmação por TAC diagnosticou-se defeito ósseo horizontal pré-maxilar, o qual se propôs reconstrução óssea com blocos e membranas autógenas de L-PRF. As características biomecânicas e ausência de local de colheita dos aloenxertos, associados à capacidade de libertação de fatores plaquetários de crescimento pelas membranas de L-PRF com finalidade de estimular a regeneração tecidular, foi fator decisivo deste protocolo cirúrgico. Na primeira fase, procedeu-se à reconstrução dos defeitos ósseos horizontais com blocos alógenos frescos-congelados e recobrimento com membranas de L-PRF autógenas elaboradas previamente à cirurgia. Após cinco meses de cicatrização, instalaram-se os implantes, com objetivo de suportar uma reabilitação protética fixa. RESULTADOS IMEDIATOS, DE CURTO E MÉDIO PRAZO: Nas consultas de controle aos 7, 15, 21, 60 e 150 dias, não se verificaram quaisquer complicações. Na reabertura, observou-se boa regeneração dos tecidos moles, boa incorporação dos blocos, e mínima reabsorção horizontal, permitindo a instalação dos implantes. DISCUSSÃO: O reduzido tempo de reabsorção das membranas de L-PRF face às suas características biológicas, e reduzido custo, torna-as uma alternativa viável à utilização das membranas convencionais de colagénio. CONCLUSÕES: A aplicação de membranas de L-PRF mostrou ser uma opção válida, permitindo uma boa cicatrização tecidular e remodelação óssea, sem complicações pós-operatórias.