Póster > Investigação > Oclusão
Cláudia Barbosa
Universidade Fernando Pessoa
Introdução e Objetivos
A hipermobilidade articular generalizada (HAG) tem sido considerada um fator predisponente de disfunções temporomandibulares (DTMs). A literatura refere relação entre HAG e género feminino e que esta tende a diminuir com a idade.
Pretendeu-se avaliar a relação entre HAG e a presença de sinais/sintomas de DTM, bem como, com as DTMs.
Materiais e Métodos
Estudo observacional descritivo, transversal, em 1381 estudantes universitários do distrito do Porto. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comité de Ética da Universidade Fernando Pessoa e depois por todas as outras instituições visitadas. Questionário demográfico, de sintomas de DTM e exame clínico utilizando a versão portuguesa dos Research Diagnostic Criteria for Temporormandibular Disorders (RDC/TMD) como sistema de diagnóstico das DTMs. Avaliação da HAG pelo Índice de Beighton (IB≥4 indica HAG). Regressão logística múltipla para identificar fatores de risco associados a DTMs (um diagnóstico de DTM e múltiplos diagnósticos de DTM; referência: não ter DTM) (p=0,05/0,10 para inclusão/exclusão).
Resultados
Univariadamente, dor facial, limitação da abertura, estalidos articulares, dor muscular e articular, estão relacionados com HAG (p<0,05). Multivariadamente, a HAG, género feminino e incremento de idade são fatores de risco significativos de múltiplos diagnósticos de DTM (OR=1,53 (IC95%:1,12-2,08); OR=1,98 (IC95%:1,31-2,98); OR=1,06 (IC95%:1,02-1,10), respetivamente).
Conclusões
HAG, género feminino e idade são fatores de risco independentemente associados a múltiplos diagnósticos de DTM.
Implicações clínicas
Indivíduos com DTM associada a HAG devem ser cuidadosamente avaliados, e em determinados casos, seguidos por equipa multidisciplinar.
Palavras-chave
Articulação Temporomandibular, Hipermobilidade articular generalizada, Disfunção Temporomandibular