Influência da altura e angulação de pilares na análise de frequência de ressonância
Comunicação oral de investigação em implantologia autoria de Artur Falcão, Paula López, Carmen Diaz Castro, Carlos Falcão e Mariano Herrero Climent
Introdução: A Analise de Frequência de Ressonância (RFA) é uma técnica amplamente usada na avaliação objectiva da estabilidade de um implante, graças à sua alta fiabilidade e reprodutibilidade. RFA pode ser medida em diferentes momentos e alturas combinado com o conceito one-abutment/one-time.
Objetivos: Avaliar como diferentes alturas e angulações de pilares afetam os valores de RFA quando comparados a uma medição directa a implante.
Materiais e Métodos: 80 implantes divididos em 4 grupos de acordo com o diâmetro (3,5 e 4,0mm) e qualidade óssea (Tipo II e Tipo III)
Medição do Torque de Inserção (IT).
Valores RFA medidos duas vezes com dois dispositivos da mesma marca em 6 situações diferentes:
– 1 directo a implante
– 2 pilar reto com 1mm
– 3 pilar reto com 2mm
– 4 pilar reto com 3mm
– 5 pilar angulado18º com 2mm
– 6 pilar angulado18º com 3 mm
Resultados: Média global de IT: 41,6 (±2,5) N/cm.
Valores médios de ISQ:
– 1 – 75,7 (±0,5)
– 2 – 79,6 (±1,0)
– 3 – 76,1 (±0,8)
– 4 – 71,4 (±0,7)
– 5 – 68,7 (±0,8)
– 6 – 64,5 (±0.6)
Discussão: Analise RFA aplica uma carga lateral ao implante, assim a altura e angulação do pilar pode resultar em alterações significativas aos valores ISQ obtidos.
Conclusões: TI/ISQ parecem ser variáveis independentes.
Altura e angulação dos pilares alteram os valores ISQ.
Implicações clínicas: As medições de ISQ são condicionadas pela altura e angulação dos pilares, pelo que para serem comparáveis (evolução da estabilidade ao longo do tempo) devem ser realizadas em iguais circunstancias.