A citotoxicidade in vitro de resinas acrílicas com diferentes métodos de polimerização
Póster de investigação em prótese removível por Joana Patrícia Carvalho, Diogo Arruda, Sérgio Antunes Félix, Isabel Barahona e Sofia Arantes e Oliveira
Introdução: Polimetilmetacrilato é um material usado em próteses que pode provocar reações adversas, associadas à libertação de monómero residual. Essa libertação é influenciada pelo método de polimerização.
Objetivos: Comparar, in vitro, a viabilidade celular (VC) de duas resinas acrílicas, uma de polimerização térmica convencional [ProBaseHot (PBH)] e outra por injeção [IvoBaseSystem (IBS)].
Materiais e Métodos: Discos de resina (n=4) foram incubados em meio de cultura (30 minutos; 24 horas; 7 dias; 14 dias; 1 mês). 200µL do extrato foram colocados em contacto com fibroblastos de rato 3T3 e o teste MTT avaliou VC. Os resultados foram comparados com testes ANOVA one-way e T-student, com p<0,05.
Resultados: Em PBH a VC do T14 foi significativamente inferior à dos outros tempos (p˂0,05) e em IBS T0 e T30 apresentaram valores de VC significativamente inferiores (p=0,012). Não houve uma diferença significativa entre as duas resinas para a maior parte dos tempos estudados à exceção do T30 em que a viabilidade celular do IBS foi significativamente inferior à do PHB (p˂0,05).
Discussão: As pequenas diferenças detetadas entre as duas resinas estudadas sugerem que a quantidade de monómero residual libertado não influencia significativamente a VC, para os tempos de contacto e quantidade de material utilizados no presente estudo.
Conclusões: O tipo de polimerização não teve um efeito significativo na VC. Os valores de VC do presente estudo, segundo a norma ISO 10993-5:2009, indicam que as resinas estudadas não são consideradas citotóxicas.
Implicações clínicas: As próteses removíveis confecionadas com estas duas resinas acrílicas não deverão produzir reacções adversas locais no primeiro mês de utilização.