Luxação extrusiva em dentição permanente jovem: a propósito de um caso clínico

Póster de casos clínicos em odontopediatria por Bárbara Cunha, Ana Daniela Soares, Joana Leonor Pereira, Maria Teresa Xavier e Ana Luísa Costa

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Bárbara Cunha Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Ana Daniela Soares Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Joana Leonor Pereira Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Maria Teresa Xavier Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Ana Luísa Costa Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Sala e-Posters, 14 de novembro de 2019, 12h30, póster nº 13 Candidato a prémio

Descrição do Caso Clínico: Os traumatismos dento-alveolares na criança constituem um grave problema de saúde pública pelo impacto negativo a nível estético, funcional e psicológico. A luxação extrusiva caracteriza-se pelo deslocamento axial do dente no alvéolo, com aparente alongamento, mobilidade aumentada e frequente desvio palatino; radiograficamente surge aumento do espaço periodontal, sobretudo a nível apical. Neste trabalho relata-se um destes episódios numa menina com 6 anos que compareceu à consulta de Odontopediatria em urgência.

Após exames clínico e radiográfico foi diagnosticada luxação extrusiva do dente 11, em fase muito precoce de formação radicular. Foi administrada anestesia local, irrigação com soro fisiológico e efetuado reposicionamento do dente com pressão digital, seguindo-se a confeção de férula semirrígida. Foram dadas instruções pós-operatórias e a criança reavaliada decorridas 2 semanas, optando-se pela remoção da férula apenas após 4 semanas.

Os controlos clínico e radiográfico foram cumpridos em diferentes períodos ao longo de 2 anos, encontrando-se à data o dente assintomático, com sinais de vitalidade pulpar, sem alteração de coloração e ausência de patologia periapical, manifestando evidência radiográfica de progressos na remodelação apical.

Discussão: O estádio de formação apical, a rapidez da implementação do tratamento e o cumprimento dos cuidados pós-operatórios constituem fatores chave no prognóstico.

Conclusões: Ainda que frequentemente o tratamento subsequente das lesões traumáticas requeira intervenções secundárias envolvendo equipas multidisciplinares, é fundamental que o Odontopediatra esteja capacitado para o diagnóstico e pronta intervenção, determinantes clínicas. Os estudos disponíveis sobre luxações extrusivas em dentes permanentes apresentam limitações e os protocolos de atuação propostos são baseados em baixos níveis de evidência.