Biofeedback: tratamento do bruxismo da vigília e hábitos parafuncionais da vigília

Póster de investigação em oclusão por Maria Inês Pinto, Alexandre Fonseca, Pedro Crispim, Maria Carlos Quaresma e João Caramês

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Maria Inês Pinto Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Alexandre Fonseca Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Pedro Crispim Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Maria Carlos Quaresma Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
João Caramês Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Sala e-Posters, 14 de novembro de 2019, 10h00, póster nº 4 Candidato a prémio

Introdução: O bruxismo da vigília (BV) caracteriza-se pelo ato de ranger/apertar os dentes quando o paciente está acordado. Uma forma de o controlar é o biofeedback.

Objetivos: Analisar o efeito do biofeedback na consciencialização do apertamento dentário em estudantes com e sem a perceção de contração e de hábitos parafuncionais da vigília.

Materiais e Métodos: Conduziu-se um estudo clínico em 20 estudantes de Medicina Dentária. RDC (Research Diagnostic Criteria) foi aplicado formando 2 grupos – com consciência de apertamento (CA); sem consciência (SCA). Aleatoriamente, foram escolhidos 5 para cada grupo. Previamente à sessão de biofeedback, responderam a um questionário sobre os hábitos parafuncionais da vigília e no final sobre o efeito do mecanismo de biofeedback. Decorrida 1 semana aplicou-se outro questionário procurando compreender alterações nos hábitos parafuncionais da vigília e melhorias na CA.

Resultados: No grupo CA, diminuíram as dores de cabeça (p=0,025). No grupo SCA, aumentou a frequência da prática de desporto (p=0,012) e alteração do hábito de roer canetas (p=0,025).

Discussão: A sessão de biofeedback ajudou os estudantes a ter consciência dos seus hábitos parafuncionais. Foram identificadas limitações: participantes estudantes de Medicina Dentária com conhecimento sobre apertamento dentário; amostra era reduzida limitando a análise estatística. Estas aumentaram o risco de viés.

Conclusões: Apesar dos resultados promissores, do biofeedback no controlo e alteração do BV e dos hábitos parafuncionais, mais investigação com maior amostra é necessária para determinar o uso clínico do biofeedback no tratamento do BV e dos hábitos parafuncionais.

Implicações clínicas: O presente estudo apresenta resultados promissores quanto ao efeito do biofeedback no BV e hábitos parafuncionais.