Biofeedback: tratamento do bruxismo da vigília e hábitos parafuncionais da vigília
Póster de investigação em oclusão por Maria Inês Pinto, Alexandre Fonseca, Pedro Crispim, Maria Carlos Quaresma e João Caramês
Introdução: O bruxismo da vigília (BV) caracteriza-se pelo ato de ranger/apertar os dentes quando o paciente está acordado. Uma forma de o controlar é o biofeedback.
Objetivos: Analisar o efeito do biofeedback na consciencialização do apertamento dentário em estudantes com e sem a perceção de contração e de hábitos parafuncionais da vigília.
Materiais e Métodos: Conduziu-se um estudo clínico em 20 estudantes de Medicina Dentária. RDC (Research Diagnostic Criteria) foi aplicado formando 2 grupos – com consciência de apertamento (CA); sem consciência (SCA). Aleatoriamente, foram escolhidos 5 para cada grupo. Previamente à sessão de biofeedback, responderam a um questionário sobre os hábitos parafuncionais da vigília e no final sobre o efeito do mecanismo de biofeedback. Decorrida 1 semana aplicou-se outro questionário procurando compreender alterações nos hábitos parafuncionais da vigília e melhorias na CA.
Resultados: No grupo CA, diminuíram as dores de cabeça (p=0,025). No grupo SCA, aumentou a frequência da prática de desporto (p=0,012) e alteração do hábito de roer canetas (p=0,025).
Discussão: A sessão de biofeedback ajudou os estudantes a ter consciência dos seus hábitos parafuncionais. Foram identificadas limitações: participantes estudantes de Medicina Dentária com conhecimento sobre apertamento dentário; amostra era reduzida limitando a análise estatística. Estas aumentaram o risco de viés.
Conclusões: Apesar dos resultados promissores, do biofeedback no controlo e alteração do BV e dos hábitos parafuncionais, mais investigação com maior amostra é necessária para determinar o uso clínico do biofeedback no tratamento do BV e dos hábitos parafuncionais.
Implicações clínicas: O presente estudo apresenta resultados promissores quanto ao efeito do biofeedback no BV e hábitos parafuncionais.