Colocação de implantes pela técnica de crista óssea dividida - caso clínico

Comunicação oral de casos clínicos em implantologia autoria de Francisco Correia, Fátima Castro e Ricardo Faria e Almeida

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Francisco Correia
Fátima Castro
Ricardo Faria e Almeida Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Sala 1, 14/11/2019 (18h10), comunicação nº 18 Candidato a prémio

Descrição do Caso Clínico: Paciente feminina, 41 anos, não fumadora, ASA I, cujo motivo da consulta era reabilitação do 3º sextante.
De forma a ser possível colocar os implantes na posição 3D ideal, em virtude de a crista óssea apresentar uma largura media de 3±1mm observada na TC, optou-se pela colocação de dois implantes Nobel Replace (24-NP; 26-RP) concomitantemente a uma técnica de separação da crista com simultânea regeneração óssea guiada horizontal (xenoenxerto e membrana de colagénio). As 13 semanas foi realizada a segunda fase cirúrgica e a confeção da ponte de 3 elementos metalocerâmica. Aos três anos observou-se uma estabilidade dos tecidos regenerados.

Discussão: A técnica de separação da crista descrita em 1986 por Nentwig GH para cristas estreitas, é uma técnica previsível, simples e rápida que permite a colocação simultânea dos implantes (caso obtenham estabilidade primaria) associada à separação das duas corticais ósseas desde que exista uma medular óssea a separá-las e uma adequada altura óssea. Este novo espaço criado deverá ser regenerado podendo ainda ser complementarmente efetuada uma regeneração óssea horizontal.

Massimo Simioni et al. em 1992 apontam para um ganho horizontal entre 1-4mm e histologicamente observou regeneração óssea entre as duas corticais; Giovanni Bruschi et al em 2017 reportam aos 3 anos uma taxa de sobrevivência dos implantes de 98.54% e um ganho vertical de 0.89±0.39 mm.

Conclusões: Em casos de cristas ósseas estreitas e onde exista uma medular entre as duas corticais, esta técnica apresenta-se como uma opção tecnicamente simples e com resultados previsíveis.