Avaliação do impacto do comprimento das espiras na estabilidade primária dos implantes

Comunicação oral de investigação em implantologia autoria de Vanessa Rocha Rodrigues, Ana Ribeiro Soares, Henrique Luis, Helena Rebelo e Susana Noronha

Autores
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Vanessa Rocha Rodrigues Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Ana Ribeiro Soares Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Henrique Luis Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Helena Rebelo Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Susana Noronha Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Sala 1, 14/11/2019 (12h30), comunicação nº 7 Candidato a prémio

Introdução: Alguns estudos mostram que diferentes tipos de espiras em implantes cónicos resultam em diferenças na estabilidade primária.

Objetivos: Realização de um estudo clínico prospetivo, controlado e randomizado, que compara a estabilidade primária entre implantes de espiras longas e espiras standard no tratamento de pacientes desdentados parciais.

Materiais e Métodos: A amostra do estudo é composta por 8 pacientes desdentados parciais do maxilar superior onde foram colocados 10 implantes, com espiras de 0,7mm ou 0,3mm na localização de pré-molares e molares. A comparação, em termos de estabilidade, foi feita através da medição do valor de ISQ (análise de frequência de ressonância), em quatro localizações (vestibular, palatino, mesial e distal). Analises estatística foi efectuada através do teste independente mann-whitney test.

Resultados: No dia da colocação, os implantes com espiras de 0,7mm apresentam maior estabilidade primária em vestibular, palatina e mesial (p = 0,032) quando comparado com os implantes com espiras de 0,3mm, mas sem diferença estatisticamente significativa. Em distal, não houve diferenças entre os grupos (p = 0,095). Após 3 meses, não houve diferenças entre os dois grupos.

Discussão: As características dos implantes como a geometria, dimensões, sistema de roscas e espiras, são fatores que influenciam a estabilidade primaria dos implantes, embora sejam controversos.

Conclusões: Apesar das limitações do estudo, foi possível verificar que os implantes com espiras mais longas exibiram maior estabilidade primaria, no dia da colocação, apesar da diferença não ser estatisticamente significativa.

Implicações clínicas: Uma maior estabilidade primaria pode aumentar a taxa de sucesso dos implantes.