Tratamento endodôntico não cirúrgico de um dente invaginado tipo IIIb - case report

Comunicação oral de casos clínicos em endodontia autoria de Telma Moreira, António Ferraz, Adélia Azevedo Fernandes, Sónia Ferreira e Paulo Miller

Autores
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Telma Moreira Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
António Ferraz Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Adélia Azevedo Fernandes Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Sónia Ferreira Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Paulo Miller Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Sala 1, 14/11/2019 (17h30), comunicação nº 16 Candidato a prémio

Descrição do Caso Clínico: Paciente, homem, 20 anos, referenciado para a consulta da pós-graduação em endodontia, após episódio de abcesso apical agudo, e por se tratar um caso de dificuldade elevada. Os testes de sensibilidade do dente 1.3. mostraram-se negativos, apresentando fístula associada à data da consulta. Diagnosticou-se necrose pulpar e abcesso apical crónico, estando indicado realizar um tratamento endodôntico não cirúrgico (TENC).

Radiograficamente, verificamos tratar-se de um dente invaginado (DI), tipo IIIb, da classificação de Oehlers. Realizou-se CBCT para auxiliar no planeamento do tratamento. Após isolamento absoluto, o acesso endodôntico foi executado com broca esférica diamantada e refinado com o auxílio de pontas ultrassónicas A exploração foi efetuada com limas K10. Os canais foram instrumentados com o sistema Reciproc® Blue (VDW) e irrigados com NaOCl 5,25% e Ácido Cítrico 10%, Para obturar, utilizou-se a técnica de onda contínua de calor e termocompactação, seguida de selamento intra-coronário com ionómero de vidro e restauração com resina composta.

Discussão: O DI é uma anomalia de desenvolvimento dentário caracterizada pela presença de tecidos calcificados (esmalte e dentina) na cavidade pulpar, apresentando maior predisposição para desenvolver patologia pulpar e periapical. Contudo, desde que realizado de acordo com os princípios biológicos preconizados, o prognóstico do TENC será semelhante ao de um dente com anatomia mais simples..

Conclusões: O TENC realizado mostrou-se eficaz na resolução do caso clínico apresentado, sendo que a realização do CBCT foi essencial para a abordagem do mesmo. Casos complexos como este só são possíveis de resolver se à experiencia do operador aliar-se o conhecimento e a tecnologia.