Regeneração em endodôncia: modelo in vivo com células da papila apical

Comunicação oral de investigação em endodontia autoria de Diana Sequeira, Ana Cristina Santos, Ana Luísa Cardoso, João Peça e João Miguel dos Santos

Autores
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Diana Sequeira Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Ana Cristina Santos Institute of Biomedical Imaging and Life Science, University of Coimbra, Portugal
Ana Luísa Cardoso CNC - Center for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra, Portugal
João Peça CNC - Center for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra, Portugal
João Miguel dos Santos Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Sala 1, 14/11/2019 (11h30), comunicação nº 4 Candidato a prémio

Introdução: A engenharia de tecidos e a biologia das células estaminais convergem para aparecimento da medicina regenerativa. A papila apical é um tecido conjuntivo especializado presente no ápice de dentes imaturos, constituído por células estaminais adultas que podem estar envolvidas em procedimentos regenerativos endodônticos.

Objetivos: Avaliar o potencial regenerativo das células da papila apical (CPAs) quando combinadas com Plasma-rico em plaquetas (PRP), uma matriz autóloga, e na presença de materiais bioactivos (ProRoot MTA, Biodentine).

Materiais e Métodos: As células foram colhidas das papilas apicais de terceiros molares imaturos. O PRP foi preparado a partir de sangue de dadores. A suspensão CPAs/PRP foi injectada nos segmentos radiculares preparados com diâmetro de 1.1mm e 6mm de comprimento. Foram efetuados plugs de ProRoot MTA e Biodentine. Os segmentos radiculares foram implantados subcutaneamente nas costas de ratos imunodeprimidos. Após 4 meses, os animais foram eutanaziados e as amostras preparadas para análise histológica.

Resultados: As CPAs foram colhidas, isoladas e identificadas com sucesso. Histologicamente todos os grupos revelaram que as CPAs podem originar tecido tipo polpa, contendo vasos, nervos, células tipo odontoblastos e tecido tipo dentina. Ocorreu a formação de dentina terciária por aposição à parede dentinária da raíz.

Discussão: Este tecido apresentava uma estrutura irregular e amorfa, mas em alguns casos era possível observar um padrão normal. A presença de biomateriais levou à formação de uma ponte mineralizada. Não foi observada nenhuma contaminação bacteriana/inflamação severa.

Conclusões: Este estudo evidencia que CPAs combinadas com PRP e ProRoot MTA/Biodentine podem levar à formação de tecidos tipo pulpar e dentinário.
Implicações clínicas: NA