Efeito do envelhecimento térmico e desinfeção química nas propriedades de resinas flexíveis

Póster de investigação em materiais dentários por Inês Nascimento, Nuno Rodrigues dos Santos, João Paulo, Henrique Luís e Virgínia Santos

Autores
Author photo
Inês Nascimento Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Nuno Rodrigues dos Santos Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
João Paulo Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Henrique Luís Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Virgínia Santos Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Sala e-Posters, 14 de novembro de 2019, 09h50, póster nº 3 Candidato a prémio

Introdução: As próteses removíveis devem ser resistentes a desinfeção química e a alterações de temperatura.

Objetivos: Avaliar o efeito do envelhecimento térmico e da desinfeção química na microdureza e resistência à flexão de resinas.

Materiais e Métodos: Duas resinas flexíveis – Deflex®ClassicSR e Deflex®SupraSF e uma resina termopolimerizável – ProBase®Hot foram submetidas a 1000 ciclos de envelhecimento térmico (n=32) e três tipos de desinfeção química (n=8): Corega®Branqueador, Corega®Oxigénio-Bio-Ativo, Hipoclorito de sódio 2,5% e um controlo (água destilada). A microdureza Knoop e resistência à flexão a 3 pontos foram avaliadas. Utilizam-se testes Mann-Whitney e T-test (α = 0.05).

Resultados: O envelhecimento térmico apenas influenciou a microdureza de ClassicSR e SupraSF (p<0,001). Os valores de microdureza foram influenciados pela desinfeção química em ProBase®Hot (Corega®Branqueador vs Controlo, Bio-ativo e Hipoclorito de Sódio) (p<0,05), em ClassicSR (Bio-ativo vs Controlo; Corega®Branqueador vs Hipoclorito de Sódio) (p<0,001) e em SupraSF (Corega®Branqueador vs Hipoclorito de Sódio) (p=0,025). A resistência à flexão foi influenciada pela desinfeção química em SupraSF (Corega®Branqueador vs Bio-ativo e Corega®Branqueador vs Hipoclorito de Sódio) (p<0,05).

Discussão: Soluções desinfetantes afetaram a microdureza de todas as resinas em estudo e a resistência à flexão apenas da resina Supra SF. O envelhecimento térmico afeta apenas a microdureza das resinas flexíveis.

Conclusões: A desinfeção química promoveu alterações significativas em todas as resinas sendo necessários mais estudos para determinar o efeito a longo prazo do envelhecimento térmico e desinfeção química.
Implicações clínicas: As soluções desinfetantes devem ser utilizadas com precaução de forma a preservar as propriedades físicas e mecânicas das resinas.