Desinfeção de impressões dentárias: um passo seguro, mas temido

Póster de investigação em materiais dentários por Maria João Azevedo, Inês Correia, Álvaro Azevedo, Benedita Sampaio-Maia e Ana Portela

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Maria João Azevedo Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Inês Correia Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Álvaro Azevedo Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Benedita Sampaio-Maia Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Ana Portela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Sala e-Posters, 14 de novembro de 2019, 09h40, póster nº 2 Candidato a prémio

Introdução: O controlo da infeção cruzada na prática clínica é um assunto que requer atenção. Um desinfetante de impressões dentárias deverá preservar a estabilidade dimensional e os detalhes da impressão e do modelo resultante, para obter um resultado clínico preciso.

Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento sobre desinfeção de impressões dentárias nos técnicos de prótese e médicos-dentistas, assim como avaliar o impacto da lavagem com água e de quatro soluções desinfetantes na estabilidade dimensional das impressões em silicone de adição e alginato.

Materiais e Métodos: Um questionário foi enviado a 1000 dentistas e 320 técnicos de prótese – taxa de resposta de 9,5% e 7,8%, respetivamente. A estabilidade dimensional foi avaliada utilizando um modelo metálico padronizado, de acordo com as especificações ANSI/ADA nº 18 e 19. Foram tomadas 10 impressões para cada um dos protocolos estabelecidos: controlo não lavado, lavagem com água por 30 segundos, imersão por 10 minutos em peróxido de hidrogénio 3%, hipoclorito de sódio 1% e 5,25% e 5 minutos em MD520®.

Resultados: 21,3% dos médicos-dentistas nunca desinfetam as impressões dentárias, sendo o principal motivo o medo de alterações dimensionais (25%). A desinfeção das impressões de silicone de adição e alginato por imersão não afeta significativamente a estabilidade dimensional das impressões (p> 0,05).

Discussão: Neste estudo, não foram observados efeitos nocivos na estabilidade dimensional das impressões dentárias desinfetadas.

Conclusões: É fundamental reforçar entre profissionais de saúde oral que os procedimentos de desinfeção são seguros e cruciais para evitar a contaminação cruzada.
Implicações clínicas: A desinfeção não afeta negativamente a estabilidade dimensional das impressões dentárias.