Alongamentos Coronários na Preservação de Dentes Severamente Mutilados
Póster de casos clínicos em cirurgia oral por Gonçalo Nuno Reis, Miguel Caldeira, António José de Sousa e José João Mendes
Descrição do Caso Clínico: Doente de 17 anos, sexo feminino, raça negra, sem antecedentes clínicos relevantes compareceu na consulta de dentisteria com indicação prévia para extração dos dentes 1.6, 1.7, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8, 3.6, 3.7, 4.6, e 4.7 e confeção de duas próteses parciais removíveis. Os dentes apresentavam-se vitais e com dentina reacional exposta.
Após cuidadoso planeamento decidiu-se extrair os dentes 1.6, 2.6, 3.6 e 4.6 e manter os dentes 1.7; 2.5; 2.7; 3.7 e 4.7, severamente mutilados por cárie, mas apenas com dentina reacional exposta, não sendo verificadas situações de exposição de tecido pulpar.
Sem este procedimento não seria possível realizar isolamento absoluto, comprometendo a adesão e consequentemente a restauração destes dentes, tornando inviável mantê-los. Planeou-se exodontia diferida dos dentes 2.8 e 3.8.
Discussão: Vantagens – Os alongamentos coronários podem possibilitar a realização de isolamento absoluto aumento o sucesso dos procedimentos adesivos para as confeção restaurações provisórias a resina composta para posterior adesão de overlays.
Desvantagens – O hipotético envolvimento periodontal de dentes adjacentes torna este procedimento inviável, pacientes com coagulopatias requerem cuidado extremo.
Inicialmente o tratamento restaurador provisório propunha a utilização de ionímero de vidro mas clinicamente não mostrava estabilidade nem durabilidade aceitáveis para um reabilitação extensa em termos de número de peças dentárias, bem como, pelo tempo de latência até finalização de um hipotético tratamento ortodôntico
Conclusões: Os alongamentos coronários podem permitir um correto isolamento viabilizando os procedimentos adesivos e consequente manutenção de peças dentárias previamente comprometidas.