Rui Pedroto

Responsabilidade social das empresas - O impacto da pobreza na saúde oral

  • Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
  • Programa de Direção de Empresas (XVI PDE-1999)
  • Diploma de Especialização em Cooperação para o Desenvolvimento
  • Programa Executivo subordinado ao tema “Driving Government Performance in Portugal
  • Curso de Estratégia sob a égide da Escola de Gestão do Porto
  • Presidente da Comissão Executiva da Fundação Manuel António da Mota
  • Secretário da Mesa da Assembleia Geral da Mota-Engil SGPS, SA
  • Percurso profissional como advogado, diretor de recursos humanos, gestão de serviços públicos

Nacionalidade: Portugal

Áreas científicas: Na Ordem do Dia

27 de novembro, de 14h30 às 15h15

Sala 3

Resumo da conferência

A pobreza constitui um dos mais graves problemas sociais do país. Apesar dos progressos evidenciados nas últimas décadas e que se traduziram no incremento dos níveis de proteção social e no alargamento da rede de serviços de apoio aos cidadãos mais vulneráveis , muitas famílias, com especial incidência nos agregados monoparentais, famílias mais numerosas, com deficientes e crianças a cargo ou atingidas pelo fenómeno da precariedade no trabalho ou pelo desemprego, continuam a experimentar situações de grave privação material e dificuldades de monta na satisfação das suas necessidades básicas.

A pobreza apresenta-se ainda como realidade multidimensional envolvendo vários aspetos da existência individual que vão muito para além da mera privação material. A falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade, de que a saúde oral é um acabado exemplo, a uma habitação condigna, ao emprego estável e justamente remunerado, os déficits educativos e o baixo perfil de qualificações, interligam-se e interagem mutuamente, privando os cidadãos mais pobres dos seus direitos fundamentais e da sua plena inclusão na sociedade.

O combate à pobreza, prevenindo a sua reprodução geracional, deve pois constituir uma verdadeira prioridade política envolvendo o estado e a sociedade civil organizada, com particular enfoque no setor da economia social e fazendo igualmente apelo à responsabilidade social das organizações e empresas, em nome de uma sociedade mais justa, coesa e solidária, verdadeiro apanágio do moderno estado social que todos devemos defender e preservar.