Eddy De Valck

Intervenção multidisciplinar em DVI: perspetiva do médico dentista forense

  • Mestre em Ciências Odontológicas pela Universidade Católica de Leuven (1977), Escola de Criminologia do Ministério da Justiça Belga (1979) e Especialista Jurídico na Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Ghent (2000).
  • Participou em cerca de 20 grandes desastres (desastres de comboio-avião-barco, Tsunami 2004 Phuket, 2014 MH 17, 2016 ataques terroristas em Bruxelas, 2021 inundações na Bélgica).
  • Desde 1987, como médico dentista forense, chefe da equipa de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI) da Polícia Federal da Bélgica.
  • Ex-presidente IOFOS (International Association Forensic Odonto Stomatology) – 1999-2002.
  • Vice-presidente científico, Interpol DVI Standing Committee – 2001 -2006.
  • Professor Convidado em cursos de formação inicial e pós-graduada em Medicina Dentária Forense e Gestão de Desastres em Massa.
  • Formador em programas de gestão de DVI. Docente Examinador na Academy of Forensic Medical Sciences, Londres, Reino Unido.
  • Membro da Direção da ETAF-DVI.
  • Autor e coautor de livros didáticos de odontologia legal e medicina legal. Revisor de odontologia legal e DVI para inúmeras revistas científicas internacionais.

Nacionalidade: Bélgica

Áreas científicas: Medicina dentária forense

10 de novembro, de 11h00 às 13h00

Sala 2

Resumo da conferência

A Identificação de Vítimas de Desastres (DVI) é uma parte importante dos desastres em massa, pois permitirá o retorno das vítimas aos seus familiares para que estes possam iniciar seu processo de luto perto dos seus entes queridos. Nesse sentido, deve ser realizada de forma científica, não deixando margem para erros.

A medicina dentária forense, como um dos principais métodos de identificação, tem uma contribuição importante no DVI e o médico dentista forense tem um papel importante em cada uma das diferentes fases do processo de identificação. Isso requer a aplicação de protocolos e padrões rígidos nas fases “ante-mortem” e “post-mortem”, conforme determinado pelo Comité Permanente da DVI Interpol, a fim de evitar erros. Os médicos dentistas forenses envolvidos em DVI devem estar cientes do seu compromisso e treinados para os aplicar em todas as circunstâncias.

Um papel muito importante no DVI está nas mãos do médico dentista responsável pelas vítimas. Sem registos dentários de excelência não será possível obter registos de “ante-mortem” de qualidade, imprescindíveis para serem utilizados no processo de reconciliação e identificação. Na verdade, o registo “ante-mortem” é o “tendão de Aquiles” do processo de identificação.

Nesta apresentação, o autor irá concentrar-se no papel do médico dentista generalista e do médico dentista forense no processo de identificação.