Abordagem minimamente invasiva para um caso de amelogénese imperfeita - caso clínico

Póster de casos clínicos em dentisteria operatória, não candidato a prémio, autoria de Sofia Lobo (autora apresentadora), Patrícia Lyra, Rita Paixão, Inês Argolinha e João Rua.

Autores
Author photo
Sofia Lobo Instituto Universitário Egas Moniz
Patrícia Lyra Instituto Universitário Egas Moniz
Rita Paixão Instituto Universitário Egas Moniz
Inês Argolinha Instituto Universitário Egas Moniz
João Rua Instituto Universitário Egas Moniz
Não candidato a prémio

Introdução: A amelogénese imperfeita constitui o grupo de malformações hereditárias que afetam a aparência e a estrutura do esmalte dentário. Os seus efeitos podem manifestar-se tanto dentes decíduos como definitivos (Roma et al., 2021; Alraheam & Donovan, 2021). Nos casos de amélogenese imperfeita é possível considerar opções de reabilitação direta ou indireta, sendo importante avaliar globalmente os diferentes fatores individuais do paciente no momento de escolha do melhor plano de tratamento. Em pacientes jovens com malformações dentárias, é usual optar-se por uma opção de reabilitação mais conservadora (Soliman et al., 2018).

Descrição do Caso Clínico: Paciente do sexo masculino com 18 anos, sem patologias ou regimes medicamentosos a referir, compareceu na Consulta Assistencial de Reabilitação Oral Minimamente Invasiva, no sentido de melhorar a sua aparência estética. Relatou como principal preocupação a cor e forma dos dentes, bem como a persistente e generalizada sensibilidade dentária. Após exame clínico intra oral, verificou-se um quadro de amelogénese imperfeita.

O paciente apresentava as superfícies dentárias irregulares, com coloração amarelo-acastanhada devido à quase completa ausência de esmalte dentário. O paciente, previamente sujeito a tratamento ortodôntico, apresentava diastemas interdentários, favoráveis à posterior reabilitação oral. Foram apresentados planos de tratamento distintos e o paciente optou pela reabilitação direta a resina composta com recurso a enceramentos prévios e a chaves em silicone transparente.

Conclusões: A resolução do caso através de restaurações diretas a resina composta com recurso a chaves de silicone transparente não só correspondeu às expectativas do paciente a nível estético, como permitiu o restabelecimento da função dentária, recorrendo a um método minimamente invasivo e sem prejuízo do pouco remanescente dentário existente.