Avaliação do status oral numa população prisional do Norte de Portugal

Póster de investigação clínica em medicina dentária preventiva, não candidato a prémio, autoria de Mariana Soares, Maria Gonçalves, Paulo Rompante (autor apresentador), Luciana Rocha, Ana Catarina Barbosa e Marta Relvas.

Autores
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Paulo Rompante Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Mariana Soares Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Maria Gonçalves
Luciana Rocha Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Ana Catarina Barbosa Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Marta Relvas Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU
Não candidato a prémio

Introdução: Apesar dos grandes avanços na saúde oral, os problemas ainda permanecem em muitas comunidades, particularmente entre os grupos mais desfavorecidos e vulneráveis.

A população prisional constitui um dos grupos desfavorecidos observando-se que estes indivíduos carecem de higiene oral e que a prevalência de doenças orais é alta comparativamente com a população em geral.

Objetivos: Avaliar o status oral numa população reclusa do Norte de Portugal.

Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal que envolveu 103 reclusos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 25-75 anos. Os inquiridos foram sujeitos a um questionário para recolha de informações sociodemográficas; hábitos alimentares, tabágicos e de higiene oral, a um exame clínico intraoral para avaliação do número de dentes cariados, número de dentes perdidos, número de dentes obturados, a profundidade de bolsa, a perda de inserção clínica, o índice de sangramento e índice de placa bacteriana.

Para avaliação dentária foi utilizado o índice CPOD e para a prevalência das doenças periodontais o Workshop de 2017. A análise dos dados foi realizada com recurso ao programa IBM SPSS versão 28.0 para Windows.

Resultados: A idade média da amostra foi de 41,58 ± 8,94 anos. A maioria dos participantes consome alimentos açucarados, sendo que 32% consomem-nos diariamente. Verificou-se que 13,6% dos participantes não escova os dentes. A maioria são fumadores (78,6%) e 70 fumam mais de 10 cigarros por dia.

A média do CPOD foi de 17,17 ± 8,23 e o componente com maior peso foi o número de dentes perdidos, com valor médio de 13,14 ± 8,32. Observou-se que 7 indivíduos são desdentados totais e 64 (62,1%) apresentam lesões de cárie. A prevalência de saúde periodontal foi de 26 %, nomeadamente, gengivite 32,3% e periodontite 41,7%.

Conclusões: A prevalência de doenças orais diagnosticadas nesta população prisional é alta, assim como a perda de peças dentárias. A doença cárie dentária é a doença oral mais prevalente e relativamente às doenças periodontais a periodontite é a doença mais prevalente.