Análise in vitro da troca de íons CA e O entre clareador e esmalte dental

Póster de investigação pré-clínica em materiais dentários, não candidato a prémio, autoria de Ludmila Cavalcanti de Mendonça (autora apresentadora), Aline Arêdes Bicalho, Gisele Rodrigues da Silva, Paulo Sérgio Quagliatto, Douglas Queiros Santos e Carlos José Soares.

Autores
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Ludmila Cavalcanti de Mendonça Universidade Federal de Uberlândia
Aline Arêdes Bicalho Universidade Federal de Uberlândia
Gisele Rodrigues da Silva Universidade Federal de Uberlândia
Paulo Sérgio Quagliatto Universidade Federal de Uberlândia
Douglas Queiros Santos Universidade Federal de Uberlândia
Carlos José Soares Universidade Federal de Uberlândia
Não candidato a prémio

Introdução: Alterações cromáticas dos dentes comprometem a estética do sorriso, prejudicando o comportamento social e emocional. Embora haja grande número de estudos sobre tratamentos clareadores, o desempenho dos clareadores não foi totalmente demonstrado.

Objetivos: Este estudo foi realizado para agregar novas evidências a cerca das alterações morfológicas e de conteúdo mineral após clareamento em dentes íntegros, associando microtomografia computadorizada (micro -CT) e cromatografia iônica (IC), métodos pouco explorados ainda na investigação dos efeitos deletérios do tratamento clareador no esmalte, com métodos já assentidos. Materiais e Métodos: Sessenta espécimes de esmalte bovino (5mm × 5mm × 4mm) foram divididos aleatoriamente em três grupos (n = 20): HP37,5%, HP7,5% e Controle – sem gel.

Cinco espécimes foram utilizados para microscopia eletrônica de varredura (MEV) para análise de superfície e sistema de energia dispersiva (EDS) para dosagem de Cálcio e Fósforo. 5 espécimes para micro-CT (análise de perda de esmalte) e 10 espécimes para cromatografia iônica (IC) para analisar a quantidade de Ca e P. Os dados de micro-CT e EDS foram analisados por ANOVA one-way e teste Tukey (α = 0,05) e os dados de IC por ANOVA de medida repetida de duas vias e teste Tukey (α = 0,05).

Resultados: Houve diferença significativa no volume e profundidade da perda estrutural do esmalte nos grupos clareados, HP7,5% apresentou maior alteração. A análise EDS não mostrou diferença significativa no Ca e P entre os grupos experimental e controle. Poros e depressões no esmalte foram observados em MEV após o uso de HP37,5% e HP7,5% comparado ao controle.

A CI demonstrou aumento significativo de Ca nos grupos clareados, porém apenas HP7,5% apresentou aumento da quantidade de P. O HP7,5% apresentou maior troca iônica que HP 37,5%, para Ca e P (P<0,001).

Conclusões: Os géis clareadores testados promovem alterações na superfície do esmalte. HP7,5% apresentou os maiores níveis de alteração na superfície, profundidade, volume e perda de minerais Ca e P. Portanto, as hipóteses testada foram confirmadas.