Qualidade de vida relacionada com a saúde oral dos idosos da Clínica Dentária Egas Moniz

Póster de investigação clínica em medicina dentária preventiva, candidato a prémio, autoria de Kateryna Rudysh (autora apresentadora), Inês Caetano Santos, Fabrícia Neves Martins, Luis Proença, Cristina Manso e J. João Mendes.

Autores
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Kateryna Rudysh Instituto Universitário Egas Moniz
Inês Caetano Santos Instituto Universitário Egas Moniz
Fabrícia Neves Martins Instituto Universitário Egas Moniz
Luis Proença Instituto Universitário Egas Moniz
Cristina Manso Instituto Universitário Egas Moniz
J. João Mendes Instituto Universitário Egas Moniz
Candidato a prémio

Introdução: O aumento da população geriátrica acentuou a necessidade de conhecer melhor as suas características e dar uma melhor qualidade de vida através da deteção melhorias das lacunas existente. Um dos meios para estudar a qualidade de vida relacionada com a saúde oral (QdVRSO) é a aplicação do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). O GOHAI é composto por três domínios (físico, psicológico e dor/desconforto).

Objetivos: Com este estudo pretendeu-se avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde oral e a relação entre a qualidade de vida, os dados sociodemográficos e os hábitos de higiene oral da população idosa que frequenta a Clínica.

Materiais e Métodos: Durante 7 meses, recolheu-se uma amostra aleatória de 150 participantes com 65 ou mais anos, não institucionalizados, utentes da Clínica. Aplicou-se um questionário, recolhendo dados sociodemográficos e informação sobre hábitos de higiene oral e qualidade de vida relacionada com a saúde oral através do (GOHAI). Recorreu-se a metodologias de análise estatística descritiva e inferencial dos dados, sendo estabelecido um nível de significância de 5%.

Resultados: Na amostra estudada, 37,3% dos indivíduos apresentaram classificação elevados de índice GOHAI. O sexo masculino evidenciou valores significativamente mais elevados de GOHAI (p=0,042) e, especificamente, no domínio físico (p=0,032). Participantes que vivem sozinhos obtiveram valores de GOHAI no domínio da dor/desconforto significativamente mais reduzidos (p=0,025). Os inquiridos que não higienizam a cavidade oral apresentaram classificação mais baixa. O uso de dispositivo interdentário e não sentir necessidade em usar prótese também se identificaram com valores de GOHAI significativamente mais elevados.

Conclusões: A maioria da amostra tem a autoperceção de qualidade de vida moderada e elevada, como foi observado noutro estudo. Indivíduos do sexo masculino, quem vivia acompanhado, higienizava a cavidade oral, usava dispositivo interdentário e não sentia necessidade em usar prótese apresentaram melhores indicadores de QdVRSO. Os resultados das variáveis género e o viver acompanhado vão ao encontro com os estudos existentes. No entanto, são necessários mais estudos neste âmbito.