Miguel Ángel González Moles

Líquen plano oral

  • Graduado em Medicina e Cirurgia, Universidade de Granada
  • Doutor em Medicina e Cirurgia na Universidade Granada
  • Especialista em Estomatologia na Universidade de Granada
  • Professor Titular na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Granada (área de Medicina Oral)
  • Ex-Diretor do Departamento de Estomatologia da Universidade de Granada
  • Responsável pelo “CTS 392 Research Group” (Junta de Andalucía) (Investigação em “biopatologia do carcinoma espinocelular oral”)
  • Membro do grupo Cochrane para “Oral Cancer Diagnostic Review”
  • Membro do grupo colaborativo da “World Health Organization” para o estudo de desordens orais potencialmente malignas
  • Incluído no top 2% de investigadores mais influentes do mundo (index publicado pela Stanford University, California (Plos Biology, 2020))
  • Editor Associado das revistas Oral Diseases e Cancers
  • Autor de 176 publicações (Index H: 43 (google scholar))
  • Autor do livro “Oral precancer and cancer” (Medical-dental Advances Editions)
  • Palestrante em congressos nacionais e internacionais (Reino Unido, Portugal, Venezuela, Brasil, Argentina, México, Perú, Arábia Saudita)

Nacionalidade: Espanha

Áreas científicas: Medicina oral

17 de novembro, de 17h30 às 18h30

Auditório D

Resumo da conferência

O líquen plano oral (LPO) é classificado como uma doença crónica de etiologia desconhecida, provavelmente autoimune. A evidência recente aponta para a sua notável frequência, afetando aproximadamente 1% da população geral com maior prevalência na Europa do que em outras áreas do mundo. O risco de desenvolver LPO aumenta progressivamente e significativamente após os 40 anos de idade.

Hoje sabemos que o LPO aparece frequentemente relacionado com outros processos clínicos entre os quais distúrbios emocionais, algumas doenças autoimunes, diabetes, doenças hepáticas, etc., sendo estes os mais importantes. Relativamente às suas manifestações e apresentação clínica, existe atualmente um elevado nível de controvérsia sobre a possível consideração de algumas formas especiais de LOP, entre as quais estão as chamadas lesões liquenóides orais, reações liquenóides, estomatite ulcerativa, entre outros.

Há atualmente controvérsia quanto aos procedimentos de diagnóstico necessários, aconselháveis ou obrigatórios, para chegar ao diagnóstico desta patologia. LOP é atualmente considerado uma desordem oral potencialmente maligna cujo risco de progressão para cancro é de aproximadamente 1% dos casos, com alguns fatores predisponentes e, em muitos casos, fatores controversos, entre os quais destaca-se a presença de displasia epitelial. Por fim, o tratamento e a gestão OLP também é complexo e não há diretrizes universalmente aceitas para a aplicação de medicamentos, essencialmente corticosteróides tópicos.

Esta conferência apresentará a evidência disponível sobre os mais controversos aspetos desta doença, alguns dos quais foram relatados pelo conferencista, bem como a sua experiência pessoal com esta doença.