João Miguel dos Santos

Desafios do diagnóstico em endodontia

  • Doutorado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
  • Professor auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
  • Membro certificado da Sociedade Europeia de Endodontologia
  • Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Endodontologia
  • Membro do corpo editorial das revistas Medicina MDPI e BMC Oral Health
  • Membro Internacional da Associação Americana de Endodontistas
  • Membro do Conselho Científico do Journal of Endodontics

Nacionalidade: Portugal

Áreas científicas: Endodontia

18 de novembro, de 09h00 às 09h45

Auditório B

Resumo da conferência

Estabelecer um diagnóstico diferencial em endodontia requer uma combinação única de conhecimento, habilidades e capacidade de interpretar e interagir com um paciente em tempo real.

A precisão de um diagnóstico pulpar depende de uma combinação de dados obtidos a partir do exame clínico, corroborados com achados radiográficos, resultados de testes pulpares e da anamnese do doente. O processo de diagnóstico também é influenciado pela experiência do clínico.

Os testes do estado pulpar são um auxílio de diagnóstico útil e essencial amplamente utilizado em endodontia. Existem vários métodos para testar o estado da polpa dentária: avaliando a componente neural da polpa (desencadeando uma resposta sensorial por meio de testes mecânicos ou de sensibilidade) ou avaliando a componente vascular (através de testes de vitalidade).

Atualmente, o paradigma do tratamento endodôntico está a mudar para técnicas minimamente invasivas, que visam manter a vitalidade pulpar. Por essa razão, um diagnóstico preciso do estado pulpar antes do tratamento é essencial.

Além disso, a classificação tradicional de pulpite irreversível tem sido posta em causa e uma nova classificação para diagnóstico pulpar foi já proposta e está agora sob avaliação clínica.

Portanto, é crucial desenvolver métodos avançados de diagnóstico pré e intraoperatório, eventualmente incluindo informações sobre biomarcadores.

O diagnóstico endodôntico deve sempre incluir a avaliação dos tecidos periapicais, baseada em sinais e sintomas e aprimorada pelo uso de radiografias bidimensionais e, em casos selecionados, até de imagens tridimensionais para otimizar o plano de tratamento e a tomada de decisão clínica.