Dulce Neutel

A apneia do sono dos 0 aos 100 anos numa perspetiva interdisciplinar - a perspetiva da neurologia

  • Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Especialidade de Neurologia
  • Competência em Medicina do Sono pela Ordem dos Médicos
  • Somnologista certificada pela European Sleep Research Society

Nacionalidade: Portugal

Áreas científicas: Ortodontia (apneia do sono)

19 de novembro, de 15h00 às 15h15

Auditório B

Resumo da conferência

A síndroma de Apneia Obstrutiva do Sono apresenta-se com queixas clínicas diversas, nomeadamente queixas relativas às funções nervosas superiores como defeito de atenção ou de memória, mas também cefaleias matinais para além da muito frequente sonolência diurna excessiva.

Na tomada de decisão do tratamento desta doença é muitas vezes tido em conta apenas o valor do índice de apneia/hipopneia (IAH) do estudo polissonográfico, associado ao índice de dessaturações coadjuvado pelo valor de oximetria ao longo da noite.

Do ponto de vista neurológico aspetos mais específicos como o índice de despertares e microdespertares aumentado, o aumento do IAH apenas em sono REM ou o IAH apenas ligeiramente aumentado, podem ser a causa dos sintomas acima referidos e devem ser valorizados e tratados.

As alternativas terapêuticas neste tipo de condições são frequentemente desafiantes, porque facilmente os efeitos secundários do tratamento como uma fuga na ventiloterapia ou um desconforto ainda que ligeiro na articulação temporomandibular secundário ao uso de um dispositivo de avanço mandibular ultrapassam os benefícios sentidos com o tratamento da SAOS.

Devemos então tratar estes doentes em que os benefícios não parecem ultrapassar os efeitos secundários? E tratando de que forma o devemos fazer?