Livro “Intervenção Precoce no Cancro Oral”

O aumento da prevalência de doenças não infeciosas, incluindo as doenças oncológicas, tem levado a uma crescente preocupação em criar respostas urgentes e efetivas de saúde pública

Consulte a versão eletrónica do livro Intervenção Precoce no Cancro Oral (PDF, 6MB) que a Ordem dos Médicos Dentistas realizou em colaboração com a Direção-Geral da Saúde. O equivalente em papel foi enviado para mais de 8 mil médicos dentistas e 6 mil médicos de família.

O aumento da prevalência de doenças não infeciosas, incluindo as doenças oncológicas, tem levado a uma crescente preocupação em criar respostas urgentes e efetivas de saúde pública.

O cancro oral, doença prevenível quando e se associada a fatores de risco e estilos de vida modificáveis, é o sexto cancro mais comum do mundo. Conhecido pela sua agressividade quando detetado tardiamente, o cancro oral tinha, em 2008, uma incidência anual estimada de 275.000 para os cancros orais e de 130.300 para os cancros da faringe (excluindo nasofaringe), dois terços dos quais em países desenvolvidos e cerca de 50% em fases tardias da doença.

A chave para um bom resultado perante uma situação de cancro oral é o diagnóstico e o tratamento atempados, ou seja, uma intervenção precoce.

Os prestadores de cuidados de saúde primários devem questionar os seus pacientes sobre fatores de risco, particularmente os consumos de tabaco e álcool, em cada consulta, e completar essa informação com a observação do indivíduo.

Um exame objetivo completo da cavidade oral deve ser parte integrante do exame físico de rotina de todos os pacientes. No caso do cancro oral são particularmente importantes aqueles que têm idade igual ou superior a 40 anos, sobretudo se forem do sexo masculino, fumadores e consumidores imoderados de álcool. Aconselha-se o rastreio oportunista naqueles utentes que reunirem as condições anteriormente descritas.

Os clínicos devem tornar-se cada vez mais aptos a identificar, de forma rotineira, lesões potencialmente malignas e malignas, estas últimas nas fases precoces do seu desenvolvimento, uma vez que a intervenção nesta altura é mais eficaz e efetiva. Só um diagnóstico precoce permite oferecer um melhor tratamento ao doente, com um resultado estético e funcional compatível com uma boa qualidade de vida e melhorando o prognóstico e a sobrevivência.

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