A taxa de utilização dos cheques biópsia tem vindo a subir desde o primeiro ano do programa e atingiu os 93,3%. No ano passado e até ao final de dezembro tinham sido utilizados 920 dos 986 cheques biópsia emitidos.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, considera que “o PIPCO veio colmatar uma grave lacuna no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e está a permitir salvar vidas, uma vez que o cancro oral tem uma das taxas de mortalidade mais elevadas. O cancro oral é tratável se for detetado precocemente, o que não acontecia até aqui, sobretudo em grupos de risco, nomeadamente fumadores”.

O número de cheques diagnóstico tem vindo a aumentar todos os anos, tendo passado de 2.402 em 2014 para 4.175 no ano passado.

No ano de estreia do programa, a taxa de utilização dos cheques diagnóstico não foi além dos 28%, no ano passado já ultrapassou os 43%, dos mais de 4 mil e cem cheques foram utlizados pouco mais de 1.800.

Para Orlando Monteiro da Silva “é essencial aumentar a taxa de utilização do cheque diagnóstico. A taxa tem vindo a subir, mas é claramente insuficiente, é preciso explicar aos doentes a importância de usarem os seus cheques e despistarem lesões que possam ter na cavidade oral. É também importante que os médicos de família redobrem as atenções para esta patologia e recebam mais informação sobre a melhor forma de atribuir os cheques de diagnóstico aos doentes”.

Homens, fumadores, com idade igual ou superior a 40 anos são o principal grupo de risco, mas qualquer lesão na boca que dure mais de 15 dias deve ser vista com urgência pelo médico dentista e o médico de família pode emitir um cheque diagnóstico para esse efeito.

As consultas semestrais são essenciais para detetar lesões, malignas ou benignas, quer nas consultas de medicina dentária que têm vindo a aumentar nos cuidados de saúde primários, quer nos médicos dentistas convencionados através do cheque diagnóstico emitido pelos médicos de família.

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