Num processo em que “as ordens não são tidas nem achadas”, o bastonário da OMD explicou à agência Lusa que não se trata de “colocar as ordens a decidir, mas sim haver um processo de consulta. São as ordens que fazem o registo dos profissionais e que têm conhecimento do mercado de trabalho ou da realidade da emigração, por exemplo”.

“Esta proposta e esta posição foram acompanhadas pelo menos pela Ordem dos Médicos e pela Ordem dos Psicólogos”, acrescentou Orlando Monteiro da Silva. Foi na reunião da semana passada que as associações públicas profissionais da Saúde pediram à A3ES que recomendasse ao Governo para que inclua a audição das ordens no processo de definição do número de vagas no ensino superior.

No encontro, o bastonário da OMD alertou para o aumento anual do número de profissionais em medicina dentária. Uma evolução que “não acompanha as necessidades do país”. Esta realidade afeta igualmente outras profissões na saúde.

O presidente da Agência, Alberto Amaral, mostrou-se favorável à proposta apresentada. Porém lembrou que o tema terá de ser decidido pelo Governo, pelo que defendeu o “diálogo entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Ministério da Saúde” para a adequação das vagas ao mercado de trabalho.