“Promoção da Saúde, Prevenção da Doença” é o slogan do Programa de Intervenção Precoce no Cancro Oral, apresentado a 24 de maio, no Museu de Eletricidade – Casa da Luz, no Funchal. Destinado a utentes pertencentes a grupos de risco, o programa tem como metas detetar casos de cancro oral numa fase precoce, diminuir a sua taxa de incidência e melhorar a esperança de vida destes pacientes.

O programa é o resultado de uma parceria entre o Serviço Regional de Saúde da RAM e a OMD e, de acordo com Pedro Ramos, vai permitir continuar “a atuar na promoção da saúde e na prevenção da doença, consolidar os programas de rastreio existentes e adicionar os que ainda não estão disponíveis, mantendo uma proximidade com a população”. O secretário regional da Saúde frisou, ainda, que foi cumprido “um trajeto perfeitamente delineado com uma estratégia a curto e médio prazo, com o rumo até 2019 perfeitamente traçado, e não à custa de medidas avulsas”.

Prevê-se que, anualmente, possam ser diagnosticados na RAM 30 a 40 casos de cancro oral, que afetam sobretudo pessoas com idades entre os 40 e 64 anos. Em Portugal, o cancro da cavidade oral é o sexto mais incidente desde 2014.

Gil Fernandes Alves, representante da Madeira no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, explicou que o Programa de Intervenção Precoce no Cancro Oral tem algumas diferenças em relação ao Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO), em vigor no Continente. Na Madeira, o paciente não precisa de passar pelo médico de família. O médico dentista não aderente ao programa poderá encaminhar diretamente o utente para um médico dentista aderente. “No Programa de Intervenção Precoce no Cancro Oral não há atribuição de cheques, mas sim de credenciais diagnóstico e credenciais biópsia”, indicou Gil Fernandes Alves. O responsável acrescentou que este programa “tem uma vertente pública, em que o médico de família pode enviar o utente para o médico dentista que está no centro de saúde, e que recebeu formação neste âmbito, bem como para o médico dentista do hospital”.

Para o representante da Madeira no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, a implementação deste programa significa “um importante passo na melhoria da saúde oral e geral dos residentes na RAM”. Gil Fernandes Alves destacou que decorreram quatro anos, desde que a OMD apresentou à tutela da saúde na RAM a proposta para a sua implementação.

Na cerimónia estiveram presentes o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, o presidente do IASaúde, Herberto Jesus, e o representante da Madeira no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, Gil Fernandes Alves.

Da esquerda para a direita: presidente do SESARAM, Tomásia Alves, presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, presidente do IASaúde, Herberto Jesus, e representante da Madeira no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, Gil Fernandes Alves.

Pedro Ramos, secretário regional da Saúde da Região Autónoma da Madeira.

Gil Fernandes Alves, representante da Madeira no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas