Elaborar um relatório sobre a situação do sistema de saúde em Portugal e um estudo sobre o financiamento da saúde no país são as principais linhas estratégicas do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Os objetivos foram definidos durante o primeiro encontro deste organismo, que aconteceu a 24 de maio, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa.

A sessão, que contou com a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, iniciou com a tomada de posse dos membros do CNS. Este órgão consultivo independente é composto por 30 representantes de diversas áreas científicas, sociais, culturais e económicas, nomeadamente as ordens da saúde. A OMD está representada neste organismo pelo bastonário, Orlando Monteiro da Silva.

Entre as prioridades delineadas pelo CNS, destaque para o estudo sobre o financiamento da saúde, uma questão para a qual as associações públicas profissionais da saúde têm chamado a atenção. Recorde-se que esta preocupação foi transmitida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na audiência que ocorreu, em dezembro, no Palácio de Belém, em que as ordens da saúde apresentaram os seus contributos no documento “Melhorar a Sustentabilidade do Sistema de Saúde em Portugal”. Em março deste ano, o assunto foi novamente discutido no encontro “O futuro do financiamento da Saúde em Portugal”.

Na primeira reunião ordinária do CNS foi, ainda, discutido e aprovado o regulamento interno. O Conselho Nacional de Saúde foi criado a 24 de agosto de 2016. É presidido por Jorge Simões, que foi consultor para os assuntos da Saúde nos dois mandatos do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, de 1996 a 2006, e presidente do Conselho de Administração da Entidade Reguladora da Saúde entre 2010 e 2016.

Jorge Simões, presidente do CNS, e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes (ao centro, da esquerda para a direita).

O Conselho Nacional de Saúde é composto por 30 representantes de diversas áreas científicas, sociais, culturais e económicas.