No congresso do Departamento Europeu do Ambiente, que decorreu no dia 25 de Maio, o CED sublinhou a importância de manter toda a gama existente de materiais de obturação, a fim de satisfazer as necessidades dos pacientes.

 
Solicitou também aos estados-membros que assegurem a total aplicação da legislação existente na UE em matéria de gestão de lixos, para minimizar o impacto ambiental dos resíduos de amálgama.

Em representação do CED, o Prof. Gottfried Schmalz, da Universidade de Regensburg, explicou que os médicos dentistas levam muito a sério o impacto ambiental das suas actividades.

 
É por isso que em muitos estados-membros, são obrigatórios os separadores de amálgama, que evitam a sua entrada no lixo indiferenciado em mais de 95%. Numa resolução adoptada este mês, o CED solicita aos estados-membros que garantam a implementação e entrada em vigor das leis de resíduos da UE, e apoia a realização de fiscalizações neste sentido.
 
O Prof. Schmalz comentou ainda: “A fim de dar resposta às necessidades dos pacientes, a amálgama deve continuar a fazer parte dos materiais à disposição do médico dentista, dado que em muitos casos continua a ser a escolha mais apropriada para o tratamento da cárie dentária.”
 
O CED rejeita as afirmações de que o uso da amálgama coloca em risco a saúde dos pacientes. “Várias décadas de pesquisa não conseguiram provar a existência de quaisquer riscos significativos para a saúde. Alguns pacientes apresentam reacções alérgicas, mas a incidência destas não é maior do que as provocadas por outros materiais de obturação”, acrescentou o Prof. Schmalz.
 
Esta posição é partilhada pela OMS e pela FDI Federação Dentária Internacional.

O CED saúda o facto de a Comissão ter recentemente solicitado o parecer de duas comissões científicas relativamente aos riscos da amálgama e de outros materiais para a saúde e o ambiente.

 
O Presidente do CED, Dr. Orlando Monteiro da Silva, comentou o dever de os políticos tomarem decisões políticas com base em provas científicas actualizadas.
 
Também, salientou que, uma vez que todas as intervenções dentárias implicam algum nível de risco, é essencial os estados-membros promoverem programas específicos de prevenção em saúde oral, tal como tem sido feito com sucesso nos países Escandinavos.