O Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) defendeu, na cerimónia da tomada de posse dos Órgãos Sociais para o triénio (2007-2009), realizada no passado dia 13, na Sala das Assembleias-gerais do Palácio da Bolsa, no Porto, que a contratualização de médicos dentistas com os serviços públicos resolveria o problema da falta de acesso da população a estes cuidados.
 
Orlando Monteiro da Silva afirmou que, entre as suas principais tarefas, está a defesa da integração dos serviços de Medicina Dentária no Sistema Nacional de Saúde (SNS), de modo a torná-la acessível a todos os portugueses». 
 
No seu discurso, o Bastonário disse que a grande maioria da população portuguesa não tem acesso aos serviços da Medicina Dentária e a contratualização de médicos dentistas com os serviços públicos resolveria este problema.
 
Nesse sentido, o representante máximo da OMD agradeceu a abertura do ministro da Saúde e do seu ministério em «ouvir» as propostas da Ordem como é o caso do «pagamento de uma taxa moderadora para permitir aos utentes do SNS acesso às consultas».
 
Referindo-se à vitória eleitoral de 9 de Dezembro, Orlando Monteiro da Silva considera-a corolário da responsabilidade da sua equipa por um conjunto de novas e saudáveis expectativas consubstanciadas aliás no nosso Plano Estratégico.
 
O novo Bastonário mantém a vontade de colocar os médicos dentistas na primeira linha da ética, da excelência e da qualidade, depois de ter identificado algumas tendências da profissão a nível mundial, europeu e, de uma forma particular, no nosso país.
 
O ministro Correia de Campos não faltou à tomada de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas, numa cerimónia bastante concorrida, já que não faltaram representações dos mais altos cargos da magistratura portuguesa, da cidade e das suas instituições mais significativas, da classe e de outras Ordens.
 
O titular da pasta da Saúde reiterou o afecto que tem pela classe e repetiu as promessas de apoio do seu ministério para resolver o problema da Saúde Oral dos portugueses.
 
Ao referir-se concretamente ao sucesso do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, destinado à população infanto-juvenil, que para este ano tem consignados cinco milhões de euros, Correia de Campos afirmou que não é o argumento da falta de recursos que impedirá que o programa continue, admitindo, no entanto, «que este apoio tem aumentado de forma lenta, todavia sistemática e diria até sustentada, dados os resultados de alguns estudos custos/benefícios».