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Ana Ribeiro Soares

A anatomia macroscópica dos implantes corresponde à sua estrutura tridimensional, designadamente, forma, configuração e macroestrutura de superfície.

As características da anatomia macroscópica incluem as espiras que pretendem maximizar o contacto osso-implante, melhorando a estabilidade primária, aumento da área de superfície e a dissipação de forças.

O objetivo desta revisão será avaliar a estabilidade primária de implantes com espiras maiores através da análise da frequência de ressonância, cujos valores são expressos pelo quociente de estabilidade.

Foi feita uma pesquisa electrónica na Pubmed, de publicações entre 2010 – 2016. Foram identificados estudos clínicos e revisões sistemáticas.

Palavras-chave: Wider thread, primary stability, dental implants

A utilização de implantes com maior tamanho de espiras, nomeadamente os implantes AnyRidge® (MegaGen, Portugal) resultam, de acordo com a revisão efetuada, numa estabilidade inicial favorável, pois à medida que penetram no osso condensam-no. Para além disso, é possível ser feita uma preparação óssea mínima permitindo uma menor osteotomia para a colocação de implantes com diâmetro maior.

Estudos mostram que diferentes tipos de espiras resultam numa maior estabilidade primária.

Tem sido analisado a distribuição de forças de tensão nos implantes de titânio com diferentes comprimentos de espiras e foi observado uma melhoria na distribuição das forças com o aumento das mesmas.

Em relação ao comprimento e largura, o comprimento das espiras apresenta uma maior contribuição para a distribuição das forças no osso alveolar.

Os implantes de titânio com uma profundidade de espiras maior apresentam uma área de superfície maior, podendo esta constituir uma vantagem, por aumentar a estabilidade primária.