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Maria Serôdio
Introdução: O selamento hermético dos canais radiculares é o objetivo mais desejado para prevenir a microinfiltração apical. Várias técnicas e materiais foram testados ao longo do tempo.
Objetivo: Avaliar in vitro a capacidade de selamento apical em ápices abertos recorrendo à técnica de micro-infiltração apical, de três técnicas de obturação.
Materiais e Métodos: Preparam-se 66 dentes monorradiculares com limas Reciproc®, Profile® 60.04 e K70.
Grupo I (n=20) – Técnica de Condensação Lateral a Frio;
Grupo II (n=20) – Técnica “System B”;
Grupo III (n=20) – MTA;
Grupo IV (n=3) – Controlo Positivo;
Grupo V (n=3) – Controlo Negativo;
A metodologia que determinou a micro-infiltração apical foi o mecanismo de infiltração de tintas, sendo o corante eleito o Azul de Metileno a 2%.
Resultados: Grupo IV-o corante infiltrou o comprimento total do canal;
Grupo V-não apresentou infiltração ao longo do canal;
Grupo I-micro-infiltração média de 2,5;
Grupo II-micro-infiltração média de 0,6;
Grupo III-micro-infiltração média de 0,4.
Usando os testes ANOVA e Turkey verificou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas (p<0.001), comparando o Grupo I e II, assim como, o Grupo I e III. No entanto, verificou-se que não existem diferenças estatisticamente significativas entre o Grupo II e III.
Conclusão: A técnica de obturação com MTA é a mais indicada na presença de ápices abertos, quando comparada com a Técnica de Condensação Lateral a Frio e a Técnica Termoplástica.
Implicações Clínicas: Verifica-se que na presença de ápices abertos a técnica de obturação mais previsível é a apicoformação recorrendo ao MTA.