Técnica de osteotomia lateral para colocação de implantes – um caso clínico

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Sala 1 – 10 novembro, 18h10 – Ordem nº 015
Candidato a prémio

Francisco Correia

Sónia Gouveia
António Felino
Daniel Humberto Pozza
Ricardo Faria e Almeida

Objetivos: Ganho de volume ósseo na região do seio maxilar.

Caso clínico: Paciente do género feminino, 61 anos, sem patologias sistémicas, fumadora de 10 cig/dia.

A técnica da osteotomia lateral, descrita por Cadwell-Luc e modificada por Tatum, aumenta o volume ósseo na região posterior da maxila e possibilita a colocação dos implantes.

Realizou-se uma incisão de “Newman” entre o 2º pré-molar e o 2º molar, levantou-se o retalho, realizou-se uma janela óssea com um piezoelétrico e descolou-se a membrana de Schneider. Preencheu-se o seio maxilar com xenoenxerto (Osteobiol Mp3), cobriu-se a janela óssea com uma membrana colagénio (Evolution) e suturou-se com pontos simples e supramida 4/0.

Resultado: Após 6 meses realizou-se uma TAC onde fui observado o ganho ósseo e colocou-se os implantes. A paciente encontra-se reabilitada.

Discussão: A osteotomia lateral é uma técnica cirúrgica amplamente usada, fiável e indicada quando a altura óssea residual não permite a colocação de implantes de comprimento standard ou o uso de técnicas de elevação do seio maxilar menos invasivas.

A técnica bifásica realiza-se para alturas ósseas residuais entre 1-4mm ou quando não obtemos estabilidade primária do implante.

Os enxertos ósseos visam manter espaço, estabilidade mecânica e guiar a neoformação óssea, tornam-se determinantes para a osteogénese. Aconselha-se 6 meses de cicatrização. A utilização de membrana a cobrir a osteotomia lateral conjuntamente com implantes de superfície rugosa apresenta melhores taxas de sobrevivência dos implantes(98,3%).

Conclusões: A técnica de osteotomia lateral é previsível, tem ótimos resultados no aumento do volume ósseo na região posterior da maxila.