Viabilidade de células estaminais da papila apical expostas a cimentos de silicato-cálcio

Comunicação oral > Investigação > Outra área científica

Sala 1 – 10 novembro, 12h10 – Ordem nº 006
Candidato a prémio

Diana Sequeira

Paulo Palma
Ana Luísa Cardoso
Patrícia Diogo
João Miguel Santos

Introdução: Avanços tecnológicos na engenharia de tecidos levaram ao desenvolvimento de procedimentos regenerativos em endodontia. A utilização de células estaminais pluripotentes na regeneração da polpa, de tecidos periodontais e tecidos duros, tem vindo a adquirir especial interesse na manutenção da integridade dentária.

Objetivo: Analisar os efeitos de diferentes cimentos de silicato de cálcio (ProRooT®MTA, BiodentineTM e MM-MTATM) na viabilidade de células estaminais da papila apical (SCAP).

Métodos: As SCAP foram obtidas a partir da colheita de papilas apicais de terceiros molares humanos com rizogénese incompleta. Após digestão enzimática com colagenase tipo I e dispase procedeu-se à expansão com cultura celular. O isolamento/purificação celular foi efetuado por um processo magnético de separação usando o marcador STRO-1. Culturas de fibroblastos e de SCAP foram expostas separadamente aos cimentos de silicato de cálcio durante 36h. A toxicidade foi avaliada pelo teste de viabilidade celular Alamar Blue.

Resultados: Nas culturas de fibroblatos, nenhum dos três cimentos levou a alterações de viabilidade celular (MTA:81.4±10.40%; Biodentine:77.3±9.31%; MM-MTA:84.2±14.57%). Culturas de SCAP, quando expostas a MTA e MM-MTA apresentaram índices de viabilidade celular na ordem dos 75%(MTA:76.8±3.38%; MM-MTA:75.8±8.21%). Na presença de BioDentine a taxa de sobrevivência foi de 46% (Biodentine:45.9±0.48%). Todos os valores são apresentados como percentagem de controlo±SEM, para um n=2.

Conclusões: As culturas celulares de SCAP quando expostas a BiodentineTM apresentam um menor índice de viabilidade celular em comparação com o registado para o ProRoot®MTA e MM-MTATM. No entanto, mais estudos são necessários para avaliar efeitos dose-resposta.

Agradecimentos: Este trabalho foi financiado pelo “Gabinete de Apoio à Investigação”, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra.