A resistência à fadiga dos novos instrumentos Protaper Gold

Comunicação oral > Investigação > Endodontia

Sala 1 – 10 novembro, 09h30 – Ordem nº 001
Candidato a prémio

Fátima Ferreira Pereira

Mariana Barcelos Vaz
Rui Martins

Os instrumentos de níquel-titânio foram introduzidos na endodontia de forma a facilitar a instrumentação e preparação canalar. No entanto, e apesar das suas vantagens, a sua fratura continua a ser uma preocupação. Valores de resistência à fadiga superiores são associados a menor probabilidade de fratura. Assim, o objetivo deste estudo é caracterizar a resistência à fadiga das novas Protaper Gold (PTG) e compara-la à das Protaper Universal (PTU) e Protaper Next (PTN).

Foram testadas 73 limas mecanizadas dos sistemas PTG, PTU e PTN, constituindo 6 grupos experimentais, onde cada instrumento foi submetido a uma velocidade de rotação de 300 rpm e torque de 4 N. cm. O tempo decorrido até à fratura foi registado e o número de ciclos para a fratura (NCF) foi calculado. A análise estatística foi efetuada através do software IBM SPSS.

De acordo com os resultados obtidos, o grupo PTG F2 obteve maior NCF que o grupo PTU F2 e PTN X2. No que diz respeito aos instrumentos F3/X3, a mesma tendência não ocorreu: o NCF do grupo PTG F3 foi estatisticamente superior que o do grupo PTU F3, mas inferior que o do grupo PTN X3.

Assim, demonstrou-se que o sistema PTG obteve valores de resistência à fadiga estatisticamente superiores que o sistema PTU. No entanto, no que diz respeito ao sistema PTN, os valores variam consoante o tipo de instrumento e seu diâmetro.

Na prática clínica, o conhecimento destes dados traduz-se numa escolha informada quanto ao tipo de sistema a utilizar pelo clínico.