Eficácia das técnicas anestésicas em pulpites irreversíveis de molares inferiores

Póster > Revisão > Endodontia

Hall dos posters – 8 novembro , 14h30-16h00 – Ordem nº

Introdução

O sucesso da relação médico/doente nos tratamentos dentários, principalmente no tratamento endodôntico poderá estar dependente do controlo da dor. Nem sempre a administração de soluções anestésicas tem o efeito desejado sobre a polpa dentária. A técnica anestésica convencional (AC) traduz-se primariamente pelo bloqueio alveolar inferior e secundariamente pela anestesia infiltrativa vestibular e lingual. Novos sistemas de aplicação de anestesia intraóssea (AI) tem sido descritos e recomendados como alternativa.

Objetivos e métodos

Esta revisão bibliográfica visa indicar a técnica anestésica com maior eficácia e previsibilidade no tratamento endodôntico de molares inferiores com pulpite irreversível. Foi efetuada uma revisão bibliográfica apoiada em 18 artigos pesquisados nos motores de busca Pubmed e EBSCO-host entre 2000-2012, com as seguintes palavras chave: “dental local anaesthesia”, “inferior nerve block”, “intraosseous anaesthesia”.

Resultados

Muitos profissionais defendem o recurso a AI como técnica única, porém, estudos demonstram que esta técnica nos molares inferiores tem uma eficácia menor (75%) que a conseguida com o AC (98%). A AI advoga o uso de doses menores de anestésico e promove uma menor anestesia dos tecidos moles porém, será efetiva apenas recorrendo a anestésicos com vasoconstritor. Na AC, a anestesia de primeira linha é o bloqueio do nervo alveolar inferior, tem um sucesso clínico de 44-81%. Mas a associação de infiltração, vestibular ou lingual, potencia a sua eficácia. Nesta AC temos como anestesias suplementares: intraligamentar, intraóssea e intrapulpar.

Conclusões

Perante uma pulpite irreversível a AI é ineficaz isoladamente. Assim, a abordagem primária deve ser o bloqueio do nervo alveolar inferior e secundariamente a infiltração vestibular ou lingual que tornam o resultado mais previsível.

Implicações clínicas

Mais estudos são necessários no sentido de encontrar a técnica anestésica ideal, não há de momento sustentabilidade científica que defenda a AI como anestesia de primeira linha em pulpites irreversíveis de molares inferiores.